Olha aí! Mais um post dessa bagaça.
Esse vídeo foi interessante de fazer. Já estava com uma pauta formatadinha, um assunto legal, embora o que eu falei nesse vídeo todo ia ser apenas uma pequena parte dessa pauta, logo no inicinho. Daí, até mesmo na gravação bruta, eu apareço falando “Tá aí.. vou falar só disso…”, mas, isso só vai estar disponível no Director’s Cut. Então, assim, deixei o vídeo fluir para expressar toda e qualquer indignação minha perante alguns fatos que considero de suma importância.
No dado exemplo, acabo transpassando uma linha em que não gostaria de tê-lo feito aqui na internet, que é o da minha vida pessoal com o desejo de apenas passar algum conhecimento que possuo cinematográfico. No entanto, fica difícil a partir do momento em que colocamos algum afeto em algo que você faz. Principalmente quando é relacionado a uma das minhas paixões-mãe e quando aperto o botão da câmera para dar o “rec” e acabo olhando nos olhos de mais de 700 pessoas, segundo a última contagem do Youtube. É muito intimista, e seria uma falta de respeito minha não dar colocar um pouco do meu coração em algo que tantas pessoas dedicaram seus tempos (algo que hoje é posto a venda) para assistir. Mas, vamos ao vídeo.
Acabou que aconteceram fatos na minha vida em que fizeram eu parar por um momento no lugar onde eu estava e me perguntasse: é isso mesmo? Isso é cinema? Pois bem, me vi estudando em um lugar onde o título de artista é posto a venda. A única coisa que você precisa fazer, além de persistir durante o tempo, é fazer uma prova. Depois disso, se você tiver paciência e persistência, você sai com um papel dizendo que você é cineasta.
Claro que os espertos acabam aproveitando da situação para produzir, aumentar e criar um network e, assim, de fatos poderem ser considerados e chamados de CINEASTAS. Agora, penso que isso deve ser uma minoria.
Tive o prazer de receber aulas com algumas pessoas maravilhosas. Pessoas que cederam seus tempos, além dos que eram pagos para estar lá, para forçar os estudantes a produzirem conteúdo. Mas o que eu não consigo entender é por que existem TANTAS pessoas que REALMENTE PRECISAM desse empurrão. Se você se predispõe a entrar em um lugar que te dê um título por dinheiro, no mínimo, você deve tentar começar a fazer seu nome. Não esperar que algo caia do céu, que um belo dia você tenha uma inspiração para um grande roteiro, uma grande história. E é assim que o ser humano é. Como digo no vídeo e falo com certeza: é muito fácil se destacar das pessoas. Não conheço muitos lugares do planeta, então, falo daquele em que convivo há quase 24 anos: No Rio de Janeiro, se você se esforçar um pouquinho – o menor que seja – você já será digno de grandes promoções. As pessoas aqui, pelo menos, no geral, apenas querem que o tempo passe mais rápido para irem para o conforto de suas casas, desleixando qualquer forma de trabalho em que possa se passar por esse meio tempo. Resultado: trabalhos porcos sendo realizados cada vez mais. Lembro daquela cena do clipe do Pink Floyd, “Another Brick in the Wall”, onde as crianças caem na máquina de fazer carne moída. A maioria das pessoas querem ser massa, conjunto, enquanto as que se destacam fogem da esteira.
Vamos brilhar. A vida é curta e seria ótimo que cada um pudesse deixar seu nome na história do planeta. Já que a maioria opta por se passar por AMORFO, como diz Woody Allen, fica ainda mais fácil para as mentes brilhantes.
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