12 de junho de 2012

Crítica I Branca de Neve e o Caçador

“Branca de Neve e o Caçador” chegou para quebrar alguns estereótipos. Bem diferente da outra adaptação do conto Espelho, Espelho meu, que possui um repertório voltado para o gênero de comédia romântica. “Branca de Neve e o Caçador” apresenta a história de um modo muito mais sombrio. E não segue a fórmula clichê do: “e eles se casaram e viveram felizes para sempre”. Além disso, Branca de Neve surge como uma personagem forte que busca pela sua liberdade e a do seu povo.


Uma personalidade um tanto diferente visto outros filmes e desenhos baseados na história, onde as emoções de Branca de Neve são bastante engessadas, como se ela não fosse capaz de realizar seus próprios feitos e tivesse que esperar a chegada do príncipe. Neste filme, Branca de Neve (Kristen Stewart) está na linha de frente de batalha e com palavras inspiradoras (“Prefiro morrer hoje, do que viver mais um dia dessa morte!”) convence seu povo a lutar contra as atrocidades da Rainha Má. É notável a evolução de Kristen Stewart no longa, a atriz protagonizou Branca de Neve de uma forma muito mais intensa, se comparado a sua interpretação de Bella Swan, no filme Crepúsculo. Assim, Kristen mostrou que consegue ser muito mais do que a insossa Bella.


Nas várias adaptações que o conto dos irmãos Grimm já ganhou, o filme é um dos poucos que consegue relatar de forma satisfatória a história da rainha Ravenna (Charlize Theron) na busca pela beleza e imortalidade. Para conseguir manter sua juventude, Ravenna se alimentava da vitalidade de mulheres bonitas. Uma das partes mais interessantes do filme é quando Branca de Neve encontra um grupo de mulheres que na tentativa de se manterem a salvo da rainha, faziam marcas em seus próprios rostos, inclusive as crianças tinham suas faces assinaladas por cicatrizes.


Quem for assistir ao filme, espere por boas cenas de ação, porque a trama dá pouco espaço para o romance. No final das contas não dá para saber se Branca de Neve está apaixonada pelo Caçador (Chris Hemsworth) e o Príncipe (Sam Claflin). Por fim, destaque para os efeitos especiais principalmente na cena em que a rainha se transforma em vários corvos e também para o figurino impecável da Rainha Ravenna. Além disso, o espectador pode aguardar uma reviravolta na história da maça envenenada. As partes engraçadas, que beiraram ao humor negro, couberam aos anões, protagonizados pelos atores Bob Hoskins, Nick Frost, Ian McShane, Ray Winstone, Eddie Marsan e Toby Jones, que foram modificados pelo computador para ficarem pequenos. O longa foi produzido por Sam Mercer (O Sexto Sentido), Joe Roth (Alice no País das Maravilhas) e a direção ficou a cargo de Rupert Sanders.


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