13 de junho de 2012

Crítica | Necromentia

AVISO: GORE

O que é isso? Pois bem, gore (ou splatter) é o termo usado para definir o filme de horror que tem como principal característica o uso exagerado do sangue em suas cenas. Gente sendo decepada, torturada, destripada e por aí vai. Mas o gore não se limita a isso. Ele mostra as cenas propositalmente. É só para quem tem estômago MESMO. É tipo um prazer mórbido sabe? Sadismo total. Pois bem, esse filme é bem assim.
Nem ao menos é meu dia de escrever aqui, NO ENTANTO, meu ânimo para falar dele é tanto que não pude esperar. Pois bem, Necromentia é... Quer saber?

O filme trata a história de dois homens que, por motivos distintos, querem abrir um portão do inferno a fim de se aproximarem de suas pessoas amadas. De um lado há Hagen, um faxineiro feio que mantém o corpo da esposa escondido esperando que a alma dela retorne. Do outro, há Travis, que quer ir procurar o irmão desaparecido no inferno (lugar CERTO pra procurar alguém né?). Pois bem, onde o gore entra?

Para chegar ao inferno, é necessário fazer um desenho no corpo, que envolve círculos, pentagramas e símbolos estranhos (toda aquela parafernalha típica de filme de terror que envolve isso). Mas o desenho é feito com faca, amigos. ÉÉÉÉ. Na faca, na moral. Dói até nas suas costas, só de ver. 

Travis "trabalha" como masoquista. É, pessoas pagam para serem torturadas por ele. E A TORTURA É TENSA. Então começa flashback, que explica a cena da "chegada" de Travis e Hagen ao inferno, vemos o irmão de Travis, paraplégico, esquizofrênico, suicida. Travis, que precisa se valer do trabalho de masoquista para sustentar o irmão doente (os pais deles morreram, e eles vivem em um lugar horrível, claro) também é depressivo e apela para o método 2005 de extravasar a dor: se cortar. 

Já assisti mil filmes de zumbis, assassinos, espíritos e demônios enquanto jantava e, por incrível que pareça, esse foi o primeiro filme em que tive que parar de comer. Seriously. Acho que estou perdendo o jeito. MENTIRAAAAA. 

Enfim, como se não bastassem essas torturas todas, há o mais assustador, caótico e bizarro personagem que eu já vi na minha vida. O Mr. Planky, ou algo assim. Essa criatura com cabeça de porco, toda enrolada com arames farpados e com uma voz irritantemente infantil. Ele é fruto da imaginação de Thomas, o irmão paraplégico, esquizofrênico e suicida de Travis. O porco (?) fica incitando Thomas a cometer suicídio e se juntar a ele para que eles sejam felizes. MEDO. 

Nesse flashback, conhecemos Morbius, um "demônio", que quer fazer um pacto com Travis, para acabar com seu sofrimento, e blá blá blá. De história, isso basta. 

Gente, os cenários sujos e poluídos com ferrugem, instrumentos de tortura e sangue durante todo o filme causam um desconforto grande. Todos os ambientes passam a mesma sensação desagradável, e, no entanto (o diretor - até então desconhecido na minha vida - Pearry Teo) muito bem feito. O gore é ligado constantemente aos filmes de baixa produção pois apenas estes se propõem a "tentar" mostrar o mais explícito do disgusting. Aqui não. A produção é fodástica. Os cortes doem, falta o ar, você sente repulsa, medo e confusão ao mesmo tempo. 

E por que RAIOS eu estou falando desse filme? PORQUE EU ADOREI! HAHAHAHAHAHA Amo um bom terror, bem produzido, bem dirigido. Esse Pearry merece mais da minha atenção, ainda verei os outros filmes dele. Necromentia é de 2010, e é bem difícil de achar nas locadoras. Para isso existe internet, right? 

PS: se você não consegue ver O Albergue, Jogos Mortais ou afins, nem tente este aqui. 




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