20 de junho de 2012

Cinema Alternativo | Drive




Conceituado como o filme noir cult de 2012, “Drive” do dinamarquês Nicolas Winding Refn, marca a volta de filmes policiais no estilo “On the Road” (estilo cinematográfico de um mistura de cenas de direção ou viagens de carro) marcado por autores como Win Wenders e Walter Salles. este texto está catalogado como cinema alternativo, julgo um conteúdo alternativo não apenas fora do padrão comercial. "Drive" não me surpreende como obra mas leva a reflexão dessa nostalgia causada pelos velhos filmes policiais (noir) e western estadunidense. Refn destoa o papel do piloto em dois pontos extremos da vida a violência e a ternura. Em uma das cenas mais marcantes do filme e quando encontram-se o piloto, um dos matadores da mafia e Irene. De um instante de um beijo vagaroso e apaixonante a cena segue com repulso de violência do motorista contra o matador. Nessa cena está claro o rastro tênue em que Refn deixa no filme. Muitos dos cinéfilos provavelmente podem perceber um analogia ao clássico de Martin Scorsese “Taxi Driver” de 1976, talvez as cenas de violência possam compensar essa semalhança, porém os personagens principais em uma medida estão muito distanciados isso por Travis Bickle o taxista do clássico de Scorsese, tem um estilo menos conservador e mais apoiado em uma pureza e limpeza da cidade , enquanto Ryan Gosling apenas quer uma saída para a caos em que ele foi submetido. Bom proveito a todos que perderam parte do seu tempo lendo esse texto, que insiste em se disfarçar de crítica.
A trama desenrola sobre a vida do piloto sem  nome interpretado por  Ryan Gosling, que atua como mecânico e dublê de filmes de ação em Hollywood de dia, e noite participa de serviços sujos como roubo e assaltos para a mafia.

A intenção de “Drive” e possibilitar a marca de um personagem, percebe-se isso com as altas doses de violências que o filme segue e a sutileza em detalhes do piloto que são colocadas entre as cenas de ação. A marca do piloto é usar uma jaqueta branca com um escorpião desenhado nas costas. A linearidade do filme rompe quando o piloto começa a manter contado com sua vizinha Irene (Carey Mulligan) e seu filho, fruto do casamento com o ladrão que deve dinheiro a máfia. O piloto contrasta muito entre as cenas de ação e amor. 


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