Aos poucos o filme mostra com sutileza que nasce um psicopata. Para alguns críticos “Precisamos falar sobre Kevin” (2012) é uma receita de um filme como algo inadaptável. Em muitas vezes penso que sou um critico duro por minha falta de elogia aos filmes, pois mesmo sendo um modelo hollywoodiano ou bollywoodiano o filme teve todo um planejamento e trabalha para ser realizado. No entanto tenho que admitir que me surpreendi com este filme.
Talvez
essa linha tênue de ironia e crueldade que o filme passa é o que encanta o
espectador (falo pela minha experiência ao assistir a obra). Kevin (Jasper
Newell) o protagonista, ou melhor, o antagonista da trama e filho de Eva (Tilda
Swinton) com Franklin (John K Reily). Depois de uma vida de aventureira Eva se
apaixona por Franklin. O casal parece ter todo o jeito de uma família
tradicional. No entanto o que o filme tenta passar características e
comportamentos de jovens e adolescentes com o potencial de se tornar um psicopata.
O
filme e baseado no livro homônimo de Lionel Shriver de 2007. Para a construção
da história a autora pesquisou dezenas de casos de tragédia realizados por
psicopatas. Com uma visão mais ampla a diretora do filme Lynne Rhamsay criou a
história com um modelo de filmagem de quebra da linha do tempo, utilizado em
filmes goddarnianos e posteriormente da new hollywwod (pós- Tarantino). Essa
técnica de flashbacks acusa após poucos o comportamento de Kevin.
E
a pergunta continua se foi possível sentir a história do livro no filme. Acredito
que a tentativa de uma quebra de tempo no filme não é a mesma do livro, porém da
mesma forma passa a sensação de personalidade e com enquadramentos fechados e
closed Lynne mostra sua tradição televisa, mas tem a utilidade em mostrar
detalhes e objetos que indicam tudo sobre Kevin.
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