Documentário que mistura a ficção com a realidade. Não pensado o termo ficção como aqueles cenas curtas de estúdio feitas com o objetivo didático de conseguir mostrar ao espectador como os fatos ocorreram. Nesse caso exponho uma idéia de ficção de criar os fatos a partir de reações que os setores sociais tomam.
Essa idéia desmistifica o termo “falso documentário”, pois quando se cria os acontecimentos e arte da ilusão que age. Com essa discussão temos um problema para classificar o filme “I’m Still Here” (Ainda estou aqui. 2010) filme de Casey Aflleck que explora a vida do ator Joaquim Phoenix, em sua suposta aposentaria do cinema e o ingresso na carreira de rapper. O projeto de Phoenix e Aflleck foi ousado, mas trouxe vários resultados para eles. Em primeiro lugar quero destacar que a linguagem do filme em no formato de documentário inclusive com filmagens de jornalistas que entrevistam Phoenix e do encontro com seus fãs.
O filme até foi muito esperado pela crítica e pelos fãs de Phoenix, no entanto quero destacar um artigo de Carlos Merigo “I’m Still Here: O ano perdido de Joaquim Phoenix” que ele não faz nenhum julgamento de valor sobre o filme, mas o título e sugestivo a pensar que fora de Hollywood surge um clima de decepção com o ator. No entanto isso tornou-se o projeto mais ousado de Phoenix. Em entrevista no Festival de Veneza de 2010, o diretor Casey Aflleck assumiu que tudo não passava de apenas um papel de Phoenix, e declarou que a função filme era expor todas as faces de Phoenix.
Postei nessa sessão “I’m Still Here” por acreditar ser inovador que é uma das características de um filme independente, mas concordo que esse filme em questão de orçamento seja discutível sua classificação como independente. Porém é um filme totalmente fora do modelo que se apresenta nas indústrias cinematográficas. O que Phoenix tenta no filme foi mostrar como a mídia hostiliza os astros, e inclusive o filme conta com uma das entrevistas mais duvidosas do programa de David Letterman que havia convidado Phoenix durante a produção do filme, Letterman assume que nunca combinou algo nas entrevistas, mas para muitos fãs a entrevista parece montada.
O que o filme talvez pretenda é passar como a mídia é persuadida e persegue os atores que circulam no meio, sendo assim um setor cruel da sociedade. Para muitos pode ser um tempo perdido o filme como essa crítica, porém é uma referência contemporânea e até corajosa de encarar a mídia como também mostrar um novo projeto de filme a partir da linguagem de ficção. Mesmo montado ainda vale nosso voto de inovador.
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