19 de abril de 2012

Crítica | A Dama de Ferro

Depois de tempos turbulentos com a equipe sofrendo, o nosso blog volta com o orgulho de apresentar a nova Bilheteira do grupo, Giovana Paganini (vulgo Gica), que já vem abalando com "A Dama de Ferro". 

"Se você quer mudar o país, lidere-o” e a Dama de Ferro de Hollywood, Meryl Streep o fez. No papel de Margaret Thatcher, a vencedora o Oscar 2012 de melhor atriz pelo mesmo, mostra com sua eterna perspicácia e dedicação, dos momentos mais glamorosos e históricos aos mais íntimos e dolorosos da primeira mulher a assumir o posto de Primeira Ministra Britânica.

Desde a caracterização idosa (a maquiagem foi premiada pela academia também)  da atriz, até mesmo a maneira como Streep cruzava as pernas ao sentar numa cadeira são indícios da preocupação da produção e da própria Meryl em tornar essa película, baseada na biografia escrita por Carol Thatcher (filha de ex-primeira ministra), a mais fiel possível. Tanto na clássica mudança de cabelo-e-maquiagem, quanto no treinamento da voz de Streep deixa clara a dedicação da atriz e da equipe para alcançar a máxima perfeição.

O filme é trabalhado com muitos flashbacks, com uma Margaret bem jovem, no início de sua carreira política (interpretada por Alexandra Roach), a mulher em sua “era de ouro” pela qual receberia o apelido e por uma Thatcher anciã e senil que sofre de Alzheimer e alucinações.

Alucinações essas de seu marido, falecido de câncer em 2003, que mesmo assim continua a “viver” em sua mente, trocando tapas e beijos com ele, Margaret relembra bons e maus momentos da sua carreira política e vida familiar, das difíceis decisões, da falta de credibilidade de seus colegas de partido e pressões tanto populares quanto de seus partidários no final de sua carreira.

Essas alucinações podem ser interpretadas como a “ponte” feita entre um passado distante que foi reaproximado pela doença e a sua realidade solitária, nisso Meryl da um toque especial, ela consegue, como ninguém, passar todo esse sentimento (apesar de Margaret afirmar que prefere pensamentos e ideias a sentimentos), esses hábitos, essas lembranças como se fossem dela e não de uma terceira pessoa, no caso a personagem.

Percebe-se a força da atuação de Meryl Streep principalmente na sequência que trata da Guerra das Malvinas, disputa entre Argentina e Inglaterra por ilhas do Atlântico Sul em 1982, nesse momento é definitivo, é ai que Margaret atinge o pico da sua popularidade e da sua carreira e é quando ela “recebe” o apelido, título do filme, “A Dama de Ferro”, pelo seu pulso firme e segundo alguns, teimosia e quem “não sabe ouvir”.

O filme em geral é bom, os flashbacks não são confusos, a adaptação é bem fiel ao livro biográfico (dentro dos padrões hollywoodianos) e bem, vamos concordar, é um filme com a Senhora Streep, mas por isso mesmo o filme não é perfeito. Ela é uma atriz incrível e consagrada, quem disse o contrario é louco, mas não poderia justificar a “cobertura” da atuação dos demais colegas, muitos deles atores prestigiados da Terra da Rainha, como por exemplo James Broadbent, que representa Denis, o marido de Margaret, que participou de, entre outros filmes, “Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal”, “A Jovem Rainha Victoria” e recentemente de “Harry Potter e o Enigma do Príncipe”.

Apesar da super-atuação de Streep ofuscar o brilho de outros nomes de peso no longa, a película vale ser assistida pelo caráter histórico, pela qualidade da produção e claro, pelo maior nome no cartaz, Meryl Streep.

3 comentários:

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Bullets disse...

Estou louca pra assistir, Meryl Streep é uma excelente atriz e otima escolha pra interpretar Thatcher

Dani disse...

Boa crítica, parabéns!