13 de abril de 2012

Crítica | Espelho, Espelho Meu

Eu poderia falar que o filme tem a Julia Roberts e isso valeria TODA a crítica. E ela é a madrasta, isso bastaria para explicar que a versão bem humorada dirigida pelo Tarsem Singh é MUUUUUUITO boa. O tom sarcástico e a releitura (porque passamos da época do remake de filmes de terror para a época das reconstruções de histórias famosas, right?) foram, ao meu conceito, bem feitos pelo diretor indiano.

Vi X críticas negativas, sobre quão superficial foi o filme, mas, GENTE, a Branca de Neve se une aos anões  - que são ladrões e usam pernas de pau - e usa uma roupa SUPER estilosa para combater a madrasta. Citando o papel da Julia Roberts, o seu papel enquanto madrasta E narradora da história, a atuação foi a mais engraçada. Do tipo "na época do rei todos se divertiam e dançavam o tempo todo, acho que eles não tinham empregos, pois só se divertiam e dançavam". RISOS ALTOS para a maldade E elegância dela. TEREZA CRISTINA FEELINGS.

Mesmo os pôsteres possuíam um tom irônico. "Quer conhecer meu castelo?" no pôster da Branca de Neve e "Quer dar uma mordida?" no pôster da Madrasta são bem sugestivos. No entanto, a classificação é de 10 anos, porque tirando uma ou outra referência apimentada (e o príncipe aparecendo semi-nu), não há nada demais.

O diretor, que produziu Imortais e A Cela, aquele filme da Jennifer Lopez de 2000, possui um estilo... extravagante. O fato fica evidente principalmente em The Fall (não sei o nome em português, sorry), que é uma coisa surrealista, e é feito com o Lee Pace (Piemaker - Pushing Daisies ♥).

Muita cor, cenários bem produzidos, um exagero nos vestidos da rainha e um jogo de xadrez com humanos (achei digno). O espelho também era um portal (digníssimo, em que a Rainha saia toda diva da água para falar com seu reflexo) para falar com seu próprio reflexo-bruxa. Tal fato gerou uma das cenas mais atraentes do filme. A sequência em que ventríloquos de madeira invadem a casa dos anões para matar a pobre Snow. O reflexo controla os movimentos dos bonecos com olhos fechados, segurando-os, enquanto estes destroem toda a casa dos anões em busca da princess. Explicando é estranho, I KNOW, só vendo mesmo.

Para finalizar, o diretor indiano deu um toque cultural ao filme e colocou a Lily Collins para cantar I believe in love, uma música com um som MUITO indiano, divertidíssima, que finalizou o filme de forma agradabilíssima.

Não vou falar que o filme estimula pensamento crítico, reflete alguma realidade ou qualquer outra coisa assim. Diversão e entretenimento saudáveis valem a pena, principalmente nesta época em que tudo que é filme de comédia tem vulgaridade demais.
SENTE O CLIMA E SAI CANTANDO PELA SALA:


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