Falando sério... Eu vi Pulp Fiction tantas vezes que deveria ser capaz de escrever a droga de uma crítica decente sem pensar muito. Na verdade, isso acontece com a maioria dos filmes que eu já tenha assistido pelo menos duas vezes. Pulp Fiction é diferente. No filme, o Tarantino consegue criar uma trama de histórias tão cativante, diversa e envolvente, que dificulta muito o meu trabalho.
However, I got a job to do, so I’ll fucking finish the fucking job!
O filme começa com uma definição do American Heritage Dictionary para o termo Pulp Fiction. E a definição fica ali. Parada. Letras brancas sobre um fundo preto, sem nem mesmo uma trilha sonora no fundo.
A isso, se segue uma daquelas cenas totalmente tarantinescas, com um casal com forte sotaque, tomando café em uma lanchonete e discutindo alguma questão. Os personagens não entregam assunto de cara, mas logo se percebe que eles são assaltantes. E, de repente, eles resolvem assaltar o lugar. A cena é cortada e surge um “Pulp Fiction” escrito em letras garrafais e aberrantes, com um fundo musical forte. As letras vão diminuindo ao fundo enquanto os nomes das estrelas do filme aparecem na tela.
E daqui adiante, começam os spoilers. Tentarei evitar qualquer revelação importante do enredo, no entanto o filme tem tantas ligações e tramas intrínsecas que tornam impossível o esforço para falar dele sem largar alguma informação interessante. Então, para aqueles que gostam de surpresas e ainda não viram o filme, aconselho que parem a leitura por aqui. Vejam o filme, vale a pena.
Depois desse começando um tanto excêntrico, Pulp Fiction começa a apresentar seus protagonistas. Começando por Vincent Vega (John Travolta) e Jules Winfield (Samuel L.Jackson), trajados como M.I.B.s (Homens de Preto), simplesmente andando de carro e batendo um papo muito engraçado sobre a Europa. Não dá pra imaginar que em alguns minutos eles estariam fazendo balas estourarem a cabeça de alguns guris. Esses dois são, evidentemente, os personagens que mais representam o modelo Tarantino de fazer cinema. E as conversas dos dois são o ponto alto do filme.
Então conhecemos Butch Coolidge e Marsellus Wallace. Bem, mais ou menos, posto que Wallace só aparece de costas. Butch (Bruce Willis) é um boxeador, em fim de carreira, Marsellus (Ving Rhames) é um chefão da máfia de Los Angeles (onde o filme é ambientado), chefe de Jules e Vincent, que está propondo um acordo com Butch. Ele perderia a luta, que provavelmente seria uma das últimas da sua carreira, em troca de uma grana alta. Butch pega o dinheiro.
Nisso, entram no recinto Vincent e Jules, vestindo camisetas e bermudas. Das que se só usam se você está dormindo ou se você é um babaca. E, como a história do casal na lanchonete, nada é explicado.
Até o filme explicar tais eventos, muita coisa acontece. Vega leva a esposa do chefão, Mia Wallace (Uma Thurman) para sair, a pedido de Marsellus. Os dois, drogados, se divertem pra caramba, Vega sofre com uma crise de lealdade. Enquanto Mia, com uma overdose. Mia conta uma piada sobre tomates que é genial. Butch toma uma decisão importantíssima sobre sua luta, levando em conta a história de um relógio de ouro que passou uns 7 anos escondido nos anus de 2 prisioneiros de guerra, no Vietnam. E por aí vai. Uma trama empolgante que termina em um final satisfatório: Um casal de amantes indo embora. Com uma Harley Davidson chamada Grace. ”It’s not a motorcycle, it’s a chopper, baby”. A tela escurece.
Surge um título, em branco sobre o preto. “The Bonnie Situation”. Ouve-se a voz de Jules e aparece um cara, segurando uma arma enorme, escondido no banheiro. E, de súbito, estamos de volta ao começo do filme, na cena em que Vincent e Jules apagaram os guris. E o filme dura mais uns 40 minutos. Conta-se a história da mudança de roupa dos assassinos. Com direito à atuação de Tarantino, como o amigo Jimmie, e Harvey Keitel na pele do “Badass” Winston “The Wolf” Wolfe.
E descobre-se o porque daquela droga de casal que começa a assaltar a lanchonete no começo do filme.
O filme é genial. Para pessoas mais “normais”, pode até não agradar, mas para aqueles que gostam de algumas doses de psicose, não-linearidade, humor negro e inter-relações com outras produções, Pulp Fiction é um prato cheio.
Falei de tanta coisa e esqueci de comentar o elenco. Uma reunião de estrelas. Porra, são Harvey Keitel, Uma Thurman, Samuel L.Jackson, John Travolta e Bruce Willis! Entre outros grandes atores. O Tarantino não estava mesmo de brincadeira.
However, I got a job to do, so I’ll fucking finish the fucking job!
O filme começa com uma definição do American Heritage Dictionary para o termo Pulp Fiction. E a definição fica ali. Parada. Letras brancas sobre um fundo preto, sem nem mesmo uma trilha sonora no fundo.
A isso, se segue uma daquelas cenas totalmente tarantinescas, com um casal com forte sotaque, tomando café em uma lanchonete e discutindo alguma questão. Os personagens não entregam assunto de cara, mas logo se percebe que eles são assaltantes. E, de repente, eles resolvem assaltar o lugar. A cena é cortada e surge um “Pulp Fiction” escrito em letras garrafais e aberrantes, com um fundo musical forte. As letras vão diminuindo ao fundo enquanto os nomes das estrelas do filme aparecem na tela.
E daqui adiante, começam os spoilers. Tentarei evitar qualquer revelação importante do enredo, no entanto o filme tem tantas ligações e tramas intrínsecas que tornam impossível o esforço para falar dele sem largar alguma informação interessante. Então, para aqueles que gostam de surpresas e ainda não viram o filme, aconselho que parem a leitura por aqui. Vejam o filme, vale a pena.
Depois desse começando um tanto excêntrico, Pulp Fiction começa a apresentar seus protagonistas. Começando por Vincent Vega (John Travolta) e Jules Winfield (Samuel L.Jackson), trajados como M.I.B.s (Homens de Preto), simplesmente andando de carro e batendo um papo muito engraçado sobre a Europa. Não dá pra imaginar que em alguns minutos eles estariam fazendo balas estourarem a cabeça de alguns guris. Esses dois são, evidentemente, os personagens que mais representam o modelo Tarantino de fazer cinema. E as conversas dos dois são o ponto alto do filme.
Nisso, entram no recinto Vincent e Jules, vestindo camisetas e bermudas. Das que se só usam se você está dormindo ou se você é um babaca. E, como a história do casal na lanchonete, nada é explicado.
Até o filme explicar tais eventos, muita coisa acontece. Vega leva a esposa do chefão, Mia Wallace (Uma Thurman) para sair, a pedido de Marsellus. Os dois, drogados, se divertem pra caramba, Vega sofre com uma crise de lealdade. Enquanto Mia, com uma overdose. Mia conta uma piada sobre tomates que é genial. Butch toma uma decisão importantíssima sobre sua luta, levando em conta a história de um relógio de ouro que passou uns 7 anos escondido nos anus de 2 prisioneiros de guerra, no Vietnam. E por aí vai. Uma trama empolgante que termina em um final satisfatório: Um casal de amantes indo embora. Com uma Harley Davidson chamada Grace. ”It’s not a motorcycle, it’s a chopper, baby”. A tela escurece.
Surge um título, em branco sobre o preto. “The Bonnie Situation”. Ouve-se a voz de Jules e aparece um cara, segurando uma arma enorme, escondido no banheiro. E, de súbito, estamos de volta ao começo do filme, na cena em que Vincent e Jules apagaram os guris. E o filme dura mais uns 40 minutos. Conta-se a história da mudança de roupa dos assassinos. Com direito à atuação de Tarantino, como o amigo Jimmie, e Harvey Keitel na pele do “Badass” Winston “The Wolf” Wolfe.
E descobre-se o porque daquela droga de casal que começa a assaltar a lanchonete no começo do filme.
O filme é genial. Para pessoas mais “normais”, pode até não agradar, mas para aqueles que gostam de algumas doses de psicose, não-linearidade, humor negro e inter-relações com outras produções, Pulp Fiction é um prato cheio.
Falei de tanta coisa e esqueci de comentar o elenco. Uma reunião de estrelas. Porra, são Harvey Keitel, Uma Thurman, Samuel L.Jackson, John Travolta e Bruce Willis! Entre outros grandes atores. O Tarantino não estava mesmo de brincadeira.
Um comentário:
Postar um comentário