13 de março de 2012

Cine Alternativo| In search of a Midnight Kiss

O cinema independente tem uma relação muito tênue com a arte. Muitos cineastas e críticos adoram explorar a ideia do independente, como a obra que está em busca da “arte pela arte”. No entanto o filme que resolvi indicar e criticar não tem esse aspecto de uma linguagem cinematográfica densa e uma história melodramática, mas apenas algo fora do comum para os olhos do espectador. “À Procura de um beijo a meia noite” (In Search of A Midnight Kiss) de Alex Holdridge, é um filme que mostra o complexo da solidão de duas pessoas em pleno fim de ano novo, na capital dos filmes estadunidense, Los Angeles – EUA.

Essa obra tem um aspecto de pouca preocupação com a estética cinematográfica e não tenta experimentar enquadramentos e cenas mais pesadas para produções independentes, porém consegue satisfazer o leitor pela história problemática de Wilson (Scoot McNairy), um roteirista que foi abandonado pela namorada e não consegue se recuperar da separação.

O enredo perde a linearidade quando o amigo de Wilson, Jacob (Brian McGuire), ajuda Wilson a marcar um encontro nos sites de relacionamento. Desse modo que parece natural, Wilson encontra Vivian (Sara Simmonds), em um restaurante simples no dia 31 de dezembro. A partir das decepções e das aventuras que percorrem o dia de Wilson e Vivian, eles acabam por se completar. Sendo Wilson um escritor problemático e Vivian uma atriz sem sorte na carreira. O universo que penetra nos personagens procura a orientar quais as novos desejos dos personagens para o próximo ano. Em contraposição com as crenças populares, “À Procura de um beijo a meia noite” quer mostrar aos leitores que a vida e repleta de perdas e ganhos mas e com atitudes generosas e que passamos a nos valorizar.

Esta obra foge das comédias românticas hollywoodiana e passa ao leitor uma história de amor a partir de um conto solitário. Apesar da definição de que o filme não tem uma linguagem cinematográfica densa, algumas cenas foram filmadas em preto-branco aos moldes da cultura indie, fugindo da narrativa puramente racional, e aponta mais uma característica de filmes independentes atualmente.

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