25 de março de 2012

Lista | Top 5 filmes de Pornochanchada que você não pode perder!


Primeiro, vamos a definição deste gênero cinematográfico nacional que fez sucesso nos anos 70.

Foi na época da censura do governo militar que este estilo surgiu na cidade de São Paulo, pois o que dava bilheteria nos cinemas eram os filmes eróticos softcore.
Chamado assim por trazer alguns elementos dos filmes do gênero conhecido como chanchada e pela dose alta de erotismo que, em uma época de censura no Brasil, fazia com que fosse comparado ao gênero pornô, embora não houvesse, de fato, cenas de sexo explícito nos filmes.
A pornochanchada revelou vários atores que, atualmente, fazem muito sucesso na TV. Muitos deles tentam esconder estes filmes de seus currículos (não adianta Xuxa, todos sabem que você, realmente, curte um “baixinho”).

Este Top 5 é pra você que assiste o Cine Prive ou o Corujão (não vem dar uma de inocente agora) escondido. E é pras gurias também, porque este preconceito que elas gostam apenas de drama e comédia romântica já era.

Amor Estranho Amor (1982)

Vamos começar com polêmica. Este foi o comentado filme que Xuxa Meneghel aparece nua na capa do pôster com a frase: “Para eles tudo era permitido”. E detalhe: ela tinha 16 anos na data da filmagem (nem ela pode assistir o longa) e fazia par “romântico” com um garoto de nove anos. A apresentadora de programas infantis mandou recolher todas as fitas originais de locadoras e lojas do país. Porém, o esforço da atriz não foi suficiente, já que a obra foi lançada (2005), em DVD, nos Estados Unidos. A película é dirigida por Walter Hugo Khouri.

Bom, vamos à sinopse do vídeo: O ano é 1937. A cidade é São Paulo. Hugo (Marcelo Ribeiro), um jovem catarinense é devolvido a sua mãe Anna (Vera Fischer), a qual é amante do governador do estado de SP, Osmar Passos (Tarcísio Meira – SIM, estranho, eu sei).  
Ela habita uma luxuosa mansão com várias outras jovens, todas comandadas por Laura (Íris Bruzzi) e a serviço das manobras políticas de Osmar, que utiliza a casa para festas e orgias a fim de impressionar e agradar possíveis aliados políticos. A chegada do menino coincide com o dia de uma grande festa de despedida que será entregue a Benício Mattos (Mauro Mendonça), o político mais influente e poderoso de outro estado. Tal fato deixa Laura contrariada, pois não quer que nada saia de errado e que seu filho não escute ou veja algo.
Assim, Hugo é acomodado num quarto no sótão, mas se perturba no casarão, onde as circunstâncias fazem com que ele esteja sempre rodeado de jovens, que começam a provocá-lo e até a desejá-lo. Tâmara (Xuxa), uma menina que exala virgindade, é a jovem que mais se interessa por ele. Recém-chegada a casa e vinda de SC, está ali especialmente para ser dada de presente a Benício, que nunca "pulou a cerca".
Apesar do tema erótico, o longa é corajoso ao mostrar as profundezas da política na época da ditadura. Se você está afim de rir um pouco e ver a Xuxa molestando um “guri” (mas BÁ tchê) este é o seu filme.

A Dama da Lotação (1978)


O gênero da pornochanchada fez tanto sucesso no Brasil que este longa teve a 4ª maior bilheteria da história do cinema nacional, com 6.508.182 espectadores.

Protagonizado por Sônia Braga (a maior estrela da pornochanchada) e dirigido por Nélson Rodrigues, o filme mostra Carlos (Nuno Leal Maia) e Solange (Sônia), um casal de jovens que, após um casto namoro, decidem contrair matrimônio.
Na noite de núpcias, Solange se recusa a fazer amor com seu marido, apesar de ele insistir em vários momentos. Ele, louco de raiva ou tesão, vê o estupro como a única forma de fazer sexo com sua mulher. Solange, apesar do modo violento que o marido a tratou, afirma que o adora, no entanto Carlos não pode tocá-la nos primeiros meses do casamento.
Para alimentar seu ego e mostrar para si mesma que não era frígida, Solange toma a decisão que iria seduzir homens, que nunca mais veria e nem saberia os nomes, nos ônibus. Além disto, ela tem relações sexuais com o melhor amigo do marido e até mesmo com o seu sogro (Jorge Dória). Aflita, pois não sentia nenhum remorso, ela vai até um psiquiatra. Carlos descobre que Solange é infiel e, armado, a confronta.

Esta película é, na realidade, um drama erótico. No entanto, como ele foi viabilizado nos anos 70, a imagem ficou como pornochanchada. E também era um filme estrelado por Sônia Braga, a rainha deste gênero.

O Bem Dotado, o Homem de Itu (1979)

Filmado pelo diretor José Miziara e protagonizado por Nuno Leal Maia (o mesmo d’A Dama da Lotação), o longa mostra a vida de Lírio (Nuno), um caipira ingênuo da cidade de Itu, que é levado à São Paulo para trabalhar em uma casa de pessoas da classe alta paulistana. A procura da outra metade de sua laranja, Lírio acaba conhecendo muitas mulheres, na esperança de encontrar seu grande amor, porém o que acaba atraindo-as é seu enorme “dote”.
É aquele típico filme sobre o caipira que vai para a capital e acaba sofrendo algumas “dificuldades”. No caso desta obra, o que mostra é o que, realmente, acontece com estes caipiras.







A Super Fêmea (1973)


Até o músico Adoniran Barbosa e Silvio de Abreu participam desta obra. Vera Fischer é a protagonista desta comédia erótica, dirigida por Aníbal Massaini Neto.
Um grupo de mulheres, recitando frases como: “Abaixo o poder dos homens”; “Está na hora de ficar por cima”; “Viva a supremacia das mulheres”; “Contra a pílula feminina”, propõe maior participação dos homens no controle da natalidade. Em vez delas, seriam os homens que tomariam a pílula. Uma empresa vê nessa reivindicação a possibilidade de vender milhões de pílulas e engordar a sua conta bancária, porém uma pesquisa revela que 83% dos homens temem tomar a tal pílula, com medo de uma redução total ou parcial de seu desejo sexual. Como forma de atrair o público masculino, um guru da publicidade (Perry Salles) imagina uma campanha que associe os três mitos brasileiros: mulher, café e jogo. Na propaganda da pílula, eis que surge, saindo de uma piscina, Vera Fischer, a Super Fêmea.
Um momento pontual do filme (para os homens, principalmente): o beijo lésbico entre Vera Fischer e Geórgia Gomide.
Dona Flor e Seus Dois Maridos (1976)
Um clássico do gênero e do cinema brasileiro. O filme foi, por 34 anos, recordista de público nas salas nacionais, levando mais de 10 milhões de espectadores ao cinema. A película foi indicada para o Globo de Ouro (EUA) na categoria de melhor filme estrangeiro e no BAFTA (UK) como melhor atriz revelação para Sônia Braga.
Baseado no livro homônimo de Jorge Amado e adaptado pelo diretor Bruno Barreto, o longa conta a história de Dona Flor, uma sedutora professora de culinária em Salvador, que é casada com o malandro Vadinho (José Wilker, aquele que comenta sobre o Oscar, sabe?). No carnaval de 1943, Vadinho morre repentinamente e deixa sua mulher viúva. Flor fica inconsolável, porque apesar dos defeitos do marido, ele era um ótimo amante. Logo ela se casa de novo, com o recatado e pacífico farmacêutico da cidade. Com saudades de Vadinho e de tanto invocar seu nome nas noites de solidão, ele reaparece nu em sua cama. Isso a deixa em dúvida sobre o que fazer com os dois maridos, que passam a dividir o seu leito. Ela tenta de tudo, até pediu ajuda de um pai de santo, no entanto existe um impedimento: o defunto não se afasta, pois, na verdade, Dona Flor tem um desejo insaciável pelo ex-marido e precisa ser saciado.
O filme foi censurado no Brasil e teve as famosas tarjas pretas sob a genitália dos atores. Apesar disto, ele teve um sucesso imenso. A película ainda tem a trilha sonora de Chico Buarque e foi refilmado com o nome “Meu Adorável Fantasma” (1982), nos Estados Unidos.
Vale a pena assistir a película, pois, além das partes eróticas, ele tem partes muito engraçadas, como quando Vadinho anda pela cidade nu e apenas Dona Flor consegue vê-lo.

Um comentário:

Rubens Anater disse...

Cacete!
Até hoje eu achava que essa parada da Xuxa era mentira.
Puta que pariu!
oO