Primeiro, vamos a definição deste
gênero cinematográfico nacional que fez sucesso nos anos 70.
Foi na época da censura do
governo militar que este estilo surgiu na cidade de São Paulo, pois o que dava
bilheteria nos cinemas eram os filmes eróticos softcore.
Chamado
assim por trazer alguns elementos dos filmes do gênero conhecido como chanchada e
pela dose alta de erotismo que,
em uma época de censura no Brasil, fazia com que fosse comparado ao gênero pornô, embora não houvesse, de
fato, cenas de sexo explícito nos filmes.
A
pornochanchada revelou vários atores que, atualmente, fazem muito sucesso na
TV. Muitos deles tentam esconder estes filmes de seus currículos (não adianta
Xuxa, todos sabem que você, realmente, curte um “baixinho”).
Este
Top 5 é pra você que assiste o Cine Prive ou o Corujão (não vem dar uma de
inocente agora) escondido. E é pras gurias também, porque este preconceito que
elas gostam apenas de drama e comédia romântica já era.
Vamos
começar com polêmica. Este foi o comentado filme que Xuxa Meneghel aparece nua na
capa do pôster com a frase: “Para eles tudo era permitido”. E detalhe: ela
tinha 16 anos na data da filmagem (nem ela pode assistir o longa) e fazia par
“romântico” com um garoto de nove anos. A apresentadora de programas infantis mandou recolher todas as fitas originais de locadoras e
lojas do país. Porém, o esforço da atriz não foi suficiente, já que a obra foi
lançada (2005), em DVD, nos Estados Unidos. A película é dirigida por Walter
Hugo Khouri.
Bom,
vamos à sinopse do vídeo: O ano é 1937. A cidade é São Paulo. Hugo (Marcelo
Ribeiro), um jovem catarinense é devolvido a sua mãe Anna (Vera Fischer), a
qual é amante do governador do estado de SP, Osmar Passos (Tarcísio Meira –
SIM, estranho, eu sei).
Ela
habita uma luxuosa mansão com várias outras jovens, todas comandadas por Laura
(Íris Bruzzi) e a serviço das manobras políticas de Osmar, que utiliza a casa
para festas e orgias a fim de impressionar e agradar possíveis aliados
políticos. A chegada do menino coincide com o dia de uma grande festa de
despedida que será entregue a Benício Mattos (Mauro Mendonça), o político mais
influente e poderoso de outro estado. Tal fato deixa Laura contrariada, pois
não quer que nada saia de errado e que seu filho não escute ou veja algo.
Assim,
Hugo é acomodado num quarto no sótão, mas se perturba no casarão, onde as
circunstâncias fazem com que ele esteja sempre rodeado de jovens, que começam a
provocá-lo e até a desejá-lo. Tâmara (Xuxa), uma menina que exala virgindade, é
a jovem que mais se interessa por ele. Recém-chegada a casa e vinda de SC, está
ali especialmente para ser dada de presente a Benício, que nunca "pulou a
cerca".
Apesar
do tema erótico, o longa é corajoso ao mostrar as profundezas da política na
época da ditadura. Se você está afim de rir um pouco e ver a Xuxa molestando um
“guri” (mas BÁ tchê) este é o seu filme.
O gênero da pornochanchada fez tanto sucesso no Brasil que este longa teve a 4ª maior bilheteria da história do cinema nacional, com 6.508.182 espectadores.
Protagonizado
por Sônia Braga (a maior estrela da pornochanchada) e dirigido por Nélson
Rodrigues, o filme mostra Carlos (Nuno Leal Maia) e Solange (Sônia), um casal
de jovens que, após um casto namoro, decidem contrair matrimônio.
Na
noite de núpcias, Solange se recusa a fazer amor com seu marido, apesar de ele
insistir em vários momentos. Ele, louco de raiva ou tesão, vê o estupro como a
única forma de fazer sexo com sua mulher. Solange, apesar do modo violento que
o marido a tratou, afirma que o adora, no entanto Carlos não pode tocá-la nos
primeiros meses do casamento.
Para
alimentar seu ego e mostrar para si mesma que não era frígida, Solange toma a
decisão que iria seduzir homens, que nunca mais veria e nem saberia os nomes,
nos ônibus. Além disto, ela tem relações sexuais com o melhor amigo do marido e
até mesmo com o seu sogro (Jorge Dória). Aflita, pois não sentia nenhum
remorso, ela vai até um psiquiatra. Carlos descobre que Solange é infiel e,
armado, a confronta.
Esta
película é, na realidade, um drama erótico. No entanto, como ele foi
viabilizado nos anos 70, a imagem ficou como pornochanchada. E também era um
filme estrelado por Sônia Braga, a rainha deste gênero.
Filmado
pelo diretor José Miziara e protagonizado por Nuno Leal Maia (o mesmo d’A Dama
da Lotação), o longa mostra a vida de Lírio (Nuno), um caipira ingênuo da
cidade de Itu, que é levado à São Paulo para trabalhar em uma casa de pessoas
da classe alta paulistana. A procura da outra metade de sua laranja, Lírio
acaba conhecendo muitas mulheres, na esperança de encontrar seu grande amor,
porém o que acaba atraindo-as é seu enorme “dote”.
É
aquele típico filme sobre o caipira que vai para a capital e acaba sofrendo
algumas “dificuldades”. No caso desta obra, o que mostra é o que, realmente,
acontece com estes caipiras.
A Super Fêmea (1973)
Até o músico Adoniran Barbosa e Silvio de Abreu participam desta obra. Vera Fischer é a protagonista desta comédia erótica, dirigida por Aníbal Massaini Neto.
Um grupo de
mulheres, recitando frases como: “Abaixo o poder dos homens”; “Está na hora de
ficar por cima”; “Viva a supremacia das mulheres”;
“Contra a pílula feminina”, propõe maior participação dos homens no
controle da natalidade. Em vez delas, seriam os homens que tomariam a pílula. Uma
empresa vê nessa reivindicação a possibilidade de vender milhões de pílulas e
engordar a sua conta bancária, porém uma pesquisa revela que 83% dos homens
temem tomar a tal pílula, com medo de uma redução total ou parcial de seu
desejo sexual. Como forma de atrair o público masculino, um guru da publicidade
(Perry Salles) imagina uma campanha que associe os três mitos brasileiros:
mulher, café e jogo. Na propaganda da pílula, eis que surge, saindo de uma
piscina, Vera Fischer, a Super Fêmea.
Um momento pontual
do filme (para os homens, principalmente): o beijo lésbico entre Vera Fischer e
Geórgia Gomide.
Um clássico do
gênero e do cinema brasileiro. O filme foi, por 34 anos, recordista de público
nas salas nacionais, levando mais de 10 milhões de espectadores ao cinema. A
película foi indicada para o Globo de Ouro (EUA) na categoria de melhor filme
estrangeiro e no BAFTA (UK) como melhor atriz revelação para Sônia Braga.
Baseado no livro
homônimo de Jorge Amado e adaptado pelo diretor Bruno Barreto, o longa conta a
história de Dona Flor, uma sedutora professora de culinária em Salvador, que é
casada com o malandro Vadinho (José Wilker, aquele que comenta sobre o Oscar,
sabe?). No carnaval de 1943, Vadinho morre repentinamente e deixa sua mulher
viúva. Flor fica inconsolável, porque apesar dos defeitos do marido, ele era um
ótimo amante. Logo ela se casa de novo, com o
recatado e pacífico farmacêutico da
cidade. Com saudades de Vadinho e de tanto invocar seu nome nas noites de
solidão, ele reaparece nu em sua cama. Isso a deixa em dúvida sobre o que fazer
com os dois maridos, que passam a dividir o seu leito. Ela tenta de tudo, até
pediu ajuda de um pai de santo, no entanto existe um impedimento: o defunto não
se afasta, pois, na verdade, Dona Flor tem um desejo insaciável pelo ex-marido
e precisa ser saciado.
O filme foi censurado no Brasil e teve as famosas tarjas
pretas sob a genitália dos atores. Apesar disto, ele teve um sucesso imenso. A
película ainda tem a trilha sonora de Chico Buarque e foi refilmado com o nome
“Meu Adorável Fantasma” (1982), nos Estados Unidos.
Vale a pena assistir a película, pois, além das partes
eróticas, ele tem partes muito engraçadas, como quando Vadinho anda pela cidade
nu e apenas Dona Flor consegue vê-lo.
Um comentário:
Cacete!
Até hoje eu achava que essa parada da Xuxa era mentira.
Puta que pariu!
oO
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