28 de outubro de 2012

Crítica | Polsdon/Shelter



Da Bulgária o berço da miscigenação do Oriente e Ocidente, centro da planície da Bálcãs e uma dos antigos satélite do extinto Pacto de Varsóvia. Essa região um tanto destoada da Europa Central tem  mostrado produções diferenciadas no âmbito cinematográfico. Dragomir Sholev cineasta Búlgaro ficou conhecido por escritor-diretor pois além de estar convergindo entre essas áreas foi autor de uma das obras que deram um destaque para seu  país.


O título da obra, "Shelter" dirigido por Dragomir em 2010, mostra-se uma obra diferente das produções do que é conhecido por Indústria Cultural do cinema. "Shelter" é uma ficção que debate as diferenças de idade na Bulgária onde um menino de 12 anos que se autodefine como um neopunk enfrenta o conservadorismo de seus pais em relação a seu grupo. O talento de Dragomir aparece em trechos do filme com um sinal perceptivo, ele defronta as ideias pela faixa etária em um jantar onde menino leva seus amigos para casa e os mesmos são expulsos por uma ato de raiva do pai que não aceite a nova fase de seu filho. "Shelter" é quase um estudo etnográfico social a partir dos comportamentos e com as falas dos personagens moldamos instintos diferentes para cada faixa etária. 

"Shelter" usa da cenas como se fosse em um teatro pois é majoritariamente realizado por grandes planos sequencias habilidade de Dragomir vinda do teatro. O filme tem esse aspecto de uma encenação e as sequencias são sutis e agradáveis fora da nostalgia que a realidade nos apresenta. "Shelter" não é apenas uma obra com tom antropológico mas é uma mistura de documental e teatro não como uma teledramaturgia barata, mas seu apoio em cenas do cotidiano da realidade e que fazem poesia na obra. Em um movimento talvez forçado mas Dragomir permite ao espectador ter a mesma sensação que Hal Haltley nos leva em "Confissões de Henry Fool", onde a realidade constroem-se de forma poética na tela.

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