Da Bulgária o berço da miscigenação do Oriente e Ocidente, centro da planície da Bálcãs e uma dos antigos satélite do extinto Pacto de Varsóvia. Essa região um tanto destoada da
Europa Central tem mostrado produções diferenciadas no âmbito
cinematográfico. Dragomir Sholev cineasta Búlgaro ficou conhecido
por escritor-diretor pois além de estar convergindo entre essas
áreas foi autor de uma das obras que deram um destaque para seu
país.
O
título da obra, "Shelter" dirigido por Dragomir em 2010,
mostra-se uma obra diferente das produções do que é conhecido por
Indústria Cultural do cinema. "Shelter" é uma ficção
que debate as diferenças de idade na Bulgária onde um menino de 12
anos que se autodefine como um neopunk enfrenta o conservadorismo de
seus pais em relação a seu grupo. O talento de Dragomir aparece em
trechos do filme com um sinal perceptivo, ele defronta as ideias pela
faixa etária em um jantar onde menino leva seus amigos para casa
e os mesmos são expulsos por uma ato de raiva do pai que não aceite
a nova fase de seu filho. "Shelter" é quase um estudo etnográfico
social a partir dos comportamentos e com as falas dos personagens
moldamos instintos diferentes para cada faixa etária.
"Shelter"
usa da cenas como se fosse em um teatro pois é majoritariamente
realizado por grandes planos sequencias habilidade de Dragomir vinda
do teatro. O filme tem esse aspecto de uma encenação e as
sequencias são sutis e agradáveis fora da nostalgia que a realidade
nos apresenta. "Shelter" não é apenas uma obra com tom
antropológico mas é uma mistura de documental e teatro não como
uma teledramaturgia barata, mas seu apoio em cenas do cotidiano da
realidade e que fazem poesia na obra. Em um movimento talvez forçado
mas Dragomir permite ao espectador ter a mesma sensação que Hal Haltley
nos leva em "Confissões de Henry Fool", onde a realidade
constroem-se de forma poética na tela.
Nenhum comentário:
Postar um comentário