27 de outubro de 2011

Crítica | Metrópolis

O mediador entre a cabeça e as mãos, deve ser o coração” essa e a frase de inicio do filme “Metrópolis” de Fritz Lang. O filme é considerado por muitos críticos um clássico do cinema mudo, produzido em 1927. A história ambienta-se no século XXI, em um futuro autocrático e dominado por um empresário que controla a energia da Metrópolis. Na obra de Fritz vemos um futuro dividido entre trabalhadores e burguesia. Essa burguesia no filme e formada pelos amigos e familiares de Joh Fredersen (Albert Abel), o empresário que domina os recursos da Metrópolis.
"Metrópolis” relata o absolutismo progressista do futuro. A obra relembra muito a França no período do século XVI no governo de Luís 14, também foi um período de grandes obras na França e de uma separação nos extratos sociais franceses. Nisso começo a pensar, que na rea­lidade Fritz apenas constatou um fato na natureza humana e não vez nenhuma previsão do futuro como alguns pesquisadores de cinema propõe. “Metrópolis” está mais próximo de in­terpretar a ganância e a exploração humana do que o futuro do apocalíptico e do vício na tec­nologia.
O problema da Metrópolis passa a ser a loucura de um inventor, Rotwang (Rudolf Klein – Rogge) em causar o conflito entre os trabalhadores e os burgueses. No entanto o que é um avanço científico no filme também causa espanto, como é o caso da conversa televisionada entre Joh Fredersen e Grot, o líder dos trabalhadores, (lembrando que faltava ainda mais duas décadas para a popularização do aparelho).
No entanto outra surpresa de Fritz e um andróide da operária, Maria, que era uma líder espiri­tual dos trabalhadores e ela com o filho do empresário, Mestre Freder conseguem salvar Me­trópolis do caos. O filme e recheado de frases de efeito poéticas, talvez esse diálogo poético do filme esteja relacionado ao fato de ser uma obra sem a utilização de som ou falas, o que pede maior expressão e interpretação dos atores. Inclusive é estilo que requer uma filmagem com maior ritmo.
Fritz encanta com sua estética por utilizar planos que demonstram a Metrópolis com a utiliza­ção de panorâmicas da cidade e do submundo dos trabalhadores. Fritz fez o favor de iniciar uma das melhores ficções científicas da primeira metade do século XX. Os efeitos especiais também causam espanto, até pela época que havia sido filmado. Desconfio até que “2001 uma odisséia no espaço” de Stanley Kubrick não era tão inovador e ambientado no futuro quanto “Metropólis” de Fritz. Isso porque Fritz está mais ligado ao ser humano do que no processo técno-científico, sendo assim e mais fácil se reconhecer o ser humano do século XXI com “Me­trópolis” que os demais filmes de ficção científica.
Com último comentário, devo lembrar que em muitos sites sobre cinema podem aparecer certas explicações sobre “Metrópolis”, relatando que Fritz e um dos expoentes do expressio­nismo alemão e julgam a obra de Fritz como um clássico desse período, o importante nesse comentário, e que Fritz utiliza demais cenas externas o que na realidade está um pouco fora do padrão do expressionismo alemão. Pois no expressionismo alemão por causa do baixo or­çamento utilizavam-se mais filmagens em estúdio do que externas. As obras do inicio da car­reira de Fritz têm mais essa característica de expressionismo que seus clássicos. Gildo Antonio

20 de outubro de 2011

Imagem e Distorção – Anos 90 e 2000: Mal Posso Esperar

Devido à grande paixão que eu tenho por musicas e filmes dos anos 90 e inicio dos anos 2000, resolvi desenterrar mais uma relíquia para a coluna. Lançado em 1998 Mal Posso Esperar é mais uma das inúmeras comédias voltadas para o público jovem que pipocaram no fim dos anos 90 e 2000.
Como a temática é voltada para os jovens a soundtrack reflete o cenário musical mais comum encontrado na época. Com exceção do grunge e da musica eletrônica, são encontrados praticamente todos os genêros comuns do final do século passado e alguns resquícios da cena musical dos anos 80.
Entre pop rock e hip hop, destacam-se na OST: Blink 182, Smash Mouth, Dog’s Eye View (pop rock); Run-D.M.C., Brougham, Missy Elliott (hip hop); alem da banda americana de Hard Rock Guns n’ Roses.
Com muitos sucessos e grande variedade de estilos e ritmos musicais a OST de Mal Posso Esperar ficam em destaque para grandes apreciadores do cenário musical dos anos 90. Definitivamente vale a pena conferir esta pérola das OST's.
Can't Hardly Wait OST
1. Graduete - Third Eye Blind
2. Can't Get Enough of You Baby - Smash Mouth
3. Dammit - Blink 182
4. I Walked in - Brougham
5. Turn it up (Remix)/Fire it up (Clean) - Busta Hrymes
6. Hit Em Wid Da Hee (Remix) - Missy Elliott ft Lil' Kim & Mocha
7. Swing My Way (Remix) - K.P. & Envyi
8. Flashlight - Parliament
9. It's a Tricky - Run - D.C.M.
10. High - Feeder
11. Tell Me What to Say - Black Lab
12. Farther Down - Mathew Sweet
13. Can't Hardly Wait - The Replacements
14. Umbrella - Dog's Eye View
15. Paradise City - Guns N' Roses

18 de outubro de 2011

Vem mais ai... Começam as negociações para o novo Transformers

Ninguém imaginaria que a saga Transformers terminaria como uma trilogia. E seguindo a expectativa, Michael Bay, Steven Spielberg, o estúdio Paramount começaram a discutir já o orçamento para o próximo longa, junto com a Hasbro, gigante dos brinquedos.
Segundo o site Hollywood Reporter, a Habro espera anunciar novidades já no próximo trimestre. Brian Goldner, CEO da empresa aproveitou para cutucar a Marvel, quando perguntando se a Hasbro iria produzir seus próprios filmes. "Não, nós não iremos empregar uma estratégia... Marvel", afirmou Goldner.

Ninguém duvidava que Spielberg e Bay produziriam um novo Transformers, depois do sucesso financeiro do terceiro filme

Mesmo com sucesso, Se Beber não Case traz dor de cabeça para Warner


Os produtores de Se Beber não Case 2 novamente foram contactados nos tribunais norte-americano. O filme, recordista de bilheteria do gênero, levou mais de 65 milhões do dolares aos cofres da Warner, porém os processos trouxeram dores de cabeça. O primeiro acabou em um acordo. O tatuador S. ictor Whitmill processou o filme contra a imagem da tatuagem no rosto de um dos atores, uma menção a famosa tatuagem de Mike Tyson. O segundo processo foi de um duble que sofreu um acidente na gravação do longa e ficou com sequelas.
Por ultimo, um roterista chamado Michael Alan Rubin, está acusando os roteristas da comédia de plágio. Segundo Rubin, o filme é baseado em experiências que ele teve na Ásia, contada para os roteristas do longa pela sua ex-mulher. A Warner ainda não se pronunciou sobre o ocorrido.

Produtores de novo American Pie lançam trailer


Caiu na internet o trailer do novo American Pie. O filme contará a história do reencontro entre os personagens originais da saga, como Jim e Stiffler. Depois de diversos Spin-offs, a saga deseja voltar ao que era quando foi lançada, e pretende contar o que aconteceu com os saudosos personagens.
A estreia do longa está marcada para o dia 6 de Março de 2012, e o trailer teve boa recepção dos fãs do gênero. E você, o que achou da ideia e do trailer?

Críticas | Velozes e Furiosos 5: Operação Rio (Fast and Furious 5) | Crítica

Cada vez que sai um filme da saga “Fast and Furious”, a expectativa para saber qual é a temática acende o ânimo dos entusiastas da série, porém fica claro que os produtores estão tornando, cada vez mais, parecido com um longa de ação “normal” e a proposta inicial ‘de carros modificados’ fica em segundo plano.
No quinto filme da série, ‘Fast and Furios V: Rio Heist’, Toretto (Vin Diesel), Brian (Paul Walker) e alguns outros integrantes da saga, vão ao Rio de Janeiro fugindo da polícia norte-americana e começam a atacar o principal traficante da cidade. É pouco construtivo dizer que é um filme ruim, pois dentro do que se limita a fazer, o longa consegue levar ação e entreter o público. Apesar de contar com boas atuações, alguns se destacam como Vin Diesel (XxX, The Chronicles of Riddick), Sung Kang (Fast and Furious 3, 4, War) e mesmo com as suas limitações surpreendentemente “The Rock” (The Other Guys, The Scorpion King).
O filme se perde na tentativa de mostrar mais ação, se distanciando do sentido original da série, com seus rachas(corridas clandestinas) e a perseguição urbana. As cenas que aparecem corridas não são tão empolgantes quanto às do primeiro e do terceiro filme, por exemplo. Se o roteiro tem amarras mais complexas do que os demais, a vontade de englobar muita coisa acaba deixando muito vazio algumas partes. A relação de Toretto com sua irmã é praticamente ignorada no filme, parecendo que ele é mais próximo de Brian do que dela.
Outra coisa “estranha” do filme é a facilidade com que o personagem do The Rock assume postos de controle da polícia brasileira. O americano parece dominar as entrelinhas do poder policial da cidade como se tivesse algum poder legal sobre eles, chegando ao ponto de escolher policiais para trabalhar com ele. Essa parte não fica bem explicada e junto com a corrupção dos Policiais cariocas, são as cenas que mais denigrem a imagem do país.
As músicas não refletem muito a cidade. Faltou samba, pagode e até mesmo o funk legítimo carioca. Fica a sensação de que a qualquer momento começará “Eu só quero é ser feliz...”, mas esse momento nunca chega. Os personagens “brasileiros” com seu sotaque acentuado também fora algo difícil de engolir, não dá para entender o porquê de não usarem, para todos os personagens brasileiros, atores do país.
Algumas cenas espetaculares, como a corrida na Ponte Rio-Niterói, alegram o público brasileiro, mas faltou mais da cidade no filme, ainda que não fosse o tema. Comparando, Tóquio foi bem melhor apresentada do que a capital carioca. O filme, com seus limites, consegue um resultado satisfatório, nada tão inovador quanto o primeiro, mas deixou uma boa brecha para a continuação da série.
Jean Marcel
Nota: 7

15 de outubro de 2011

Crítica | Giordano Bruno

“Assim nasce o Homus novus” essa foi a frase do filósofo Giordano Bruno em sua defesa contra a Inquisição Romana no séc. XVII. O filme homônimo de Giuliano Montaldo, relata a volta do filósofo Giordano Bruno a Veneza depois de suas passagens pelas universidades européias. Giordano foi levado ao tribunal da Inquisição Romana, pelo seus inimigos de Veneza. A história e baseada nos últimos dias de Giordano, antes da sua condenação a fogueira. O tema central da história está intercalado entre a liberdade de pensamento e o sofrimento. 
Giordano foi radical em suas teorias por levar os altos escalões do vaticano a uma divisão entre sua punição, pois havia cardeais a favor de apenas de uma punição simbólica para Giordano, como havia cardeais a favor de mandar Giordano à fogueira. “Giordano Bruno” e o tipo de filme que podemos indicar para uma linguagem cinematográfica interessante, pois com a filmografia de Vittorio Storaro, as cenas parecem que dançam com os diálogos e a interpretação dos atores. Isso por Vittorio se aproveitar de muitas cenas em “Travelling” e tira a câmera de pontos fixos, para deixar o filme com maior ritmo e velocidade. 
A interpretação de Gian Maria Volonté como Giordano Bruno não conseguiu alcançar os patamares do biografado. Mas isso é muito comum em filmes cinebiográficos, onde a uma marca criada, pelos personagens dificulta o trabalho da interpretação. Então percebemos que a discussão do filme está intermediada pela liberdade civil e o fanatismo. A análise dessa obra me lembra ao filme apresentado na semana passado, “O Vento será sua herança”, isso porque o filme também abre a discussão para sobre os direitos individuais do ser humano. 
No entanto os dois filmes debatem dentro de um tribunal, porém em “O vento será sua herança” acontece em um tribunal moderno e com testemunhas e a história têm um tom mais humorístico. “Giordano Bruno” aparece sobre o tribunal da Inquisição Romana e em uma época que nem o papa o defenderia. Giordano Bruno morreu em 17 de fevereiro de 1600, mas ele nunca havia contribuído com novas propostas para a astronomia ou ciência, Giordano sempre se sentiu, mas a vontade em estudar a raiz humana. A importância da história de Giordano Bruno é de mostrar a decadência da visão classicista e medieval, para o inicio da vida renascentista próxima a Era moderna, que pretendia se preocupar com o ser humano. “Giordano Bruno” como todo o filme cinebiográfico serve tanto para uma obra de reflexão moral como uma história que marca um momento da história humana e a vida dos erros da nossa sociedade.
Gildo Antonio

Estreias da Semana de 16/10 a 22/10


· NÃO SEI COMO ELA CONSEGUE (I Don't Know How She Does It): Lembram-se da cena do “Laranja Mecânica”, em que Alex deLarge é preso à uma cadeira, com arames mantendo seus olhos abertos e é forçado à assistir os vídeos que seus encarceradores determinavam? Pois bem, só assim pra eu ver isso aqui! O filme tem tudo – até um titulo idiota – que é necessário para ser uma comediazinha insossa. Sarah Jessica Parker representa Kate, uma “perfeita mulher moderna”, é casada, tem dois filhos, trabalha fora e é capaz de dar conta disso tudo, reservando ainda um tempo pra si mesma. Aí ela conhece Jack (Pierce Brosnam) e se apaixona... Sentiu a tensão?




EMBARGO: Produzido em uma parceria entre Portugal, Brasil e Espanha e baseado em um conto homônimo de José Saramago, o que já lhe garante a minha estima, o filme conta a história de Nuno, um cara que trabalha em uma barraca de sanduiches e inventou uma maquina que promete revolucionar o mercado dos calçados. No dia em que vai apresentar seu invento para produção, misteriosamente, ele fica preso em seu próprio carro. Vale pela peculiaridade, não parece ser um filme comum.









ROCK BRASÍLIA – ERA DE OURO: A terceira e última parte do documentário produzido por Vladimir Carvalho, que tem como objetivo contar histórias do rock brasileiro e suas influências culturais e ideológicas na capital do país. Toma como referência bandas como Legião Urbana, Capital Inicial e Plebe Rude, que fizeram história nesse cenário.








· GIGANTES DE AÇO (Real Steel): A história do filme acontece em um futuro não mui

to distante, quando robôs tomam o lugar dos humanos dentro dos ringues de boxe. Charlie Kenton (Hugh Jackman) era lutador na época dessa transição, perdendo seu lugar para as enormes maquinas. Para sobreviver nesse mundo novo, Kenton recolhe sucata de robôs e, junto com seu filho, monta um lutador. As lutas entre robôs prometem ser divertidas, mas eu ainda prefiro ver Rocky Balboa se engalfinhando com Apollo Creed. O dor é mais real e o sangue é de verdade.









· ARTHUR - A GUERRA DOS DOIS MUNDOS (Arthur 3 - La Guerre des Deux): Terceira parte da animação “Arthur e os Minimoys”, que começou em 2006, baseada no livro do francês Luc Besson. Sempre fui fã de animações, vide minha ultima postagem no blog.

ainda assim, por algum motivo eu não me animei para ver o Arthur... Mas o contexto é o seguinte, Arthur é um moleque de 10 anos, cuja avó vai ter a casa demolida por não poder pagar... Sei lá, alguma coisa que tinha de pagar. Para resolver a situação, o guri vai atrás de um tesouro do avô, que, por algum motivo, estaria escondido na terra dos Minimoys, criaturinhas de dois milímetros que vivem em perfeita harmonia com a natureza. Então, Arthur “apronta altas aventuras com uma galerinha da pesada, para mostrar que é esperto pra cachorro e salvar a casa da sua avó” (Narrador da Sessão da Tarde feelings).

Crítica | United


Porém, alguma coisa mudou na cabeça dos produtores, principalmente no país de origem do esporte. Desde Gol, os filmes de futebol atraem mais para a parte profissional (leia-se interessante) da vida dos desportistas. No lugar dos garotinhos nerds e dos cães, entram grandes craques, com todos os seus percalços.

Poucos filmes de Futebol agradam aos fanáticos pelo esporte bretão. Na maioria das vezes com uma temática boba, como um adolescente excluído ganhando status de estrela com o esporte, ou um cachorro marcando gol de cabeça, os filmes não são um espaço agradável para quem opta por assistir algo de qualidade. Alguns esportes, principalmente o Futebol Americano, recebem produções melhores, principalmente falando em roteiro.
Contando a história do acidente mais trágico dos “red Devils”, o longa embarca no drama de um os maiores jogadores da história do time do norte da Inglaterra “Sir Bobby Charlton” durante o acidente do avião em Hamburgo, que vitimou diversos atletas. A atuação de Jack O’Connel (Skins) no papel do craque é tão convincente que é difícil desassociar os dois.
É assim, nesse contexto, que United se encaixa. Dirigido por James Strong, da televisão Britânica e consultor dos Vingadores, o filme produzido pela gigante BBC tem tudo pra convencer o público. Dotado de uma ambientação muito peculiar, o longa consegue vencer na missão de levar o público aos vestiários do Manchester United.

Alguns defeitos óbvios para filmes de futebol se mostram presentes, assim como em Gol, The Dammed United e outros, as cenas de futebol, talvez pela falta de proximidade dos atores com a “gorduchinha”, fica clara, tornando a cena mais robótica possível.
Mesmo não sendo perfeito, o filme cumpre a meta de agradar, homenagear e entreter os fãs do esporte, principalmente os adeptos do clube vermelho, mostrando um amadurecimento dos longas sobre o tema.
Nota: 6.5

10 de outubro de 2011

Crítica | Um Novo Despertar

The Beaver, título original em inglês, remete ao fantoche que o personagem Walter Black (Mel Gibson) criou para continuar vivendo ao se encontrar profundamente deprimido, um, aparentemente, simpático Castor, por meio do qual ele se comunica. (No meio do filme ele até explica que é como se sua “casca”, seu corpo estivesse danificado, que ele precisava de um novo lugar para abrigar sua alma e tentar um novo começo).
O filme conta com a especial direção de Jodie Foster, que se desdobra entre a atuação e a produção também. O que parece ser seu quarto trabalho como diretora, após um longo intervalo de mais de 15 anos, finalmente parece se desenvolver bem.
O enredo de Um Novo Despertar trata-se de um empresário, que após entrar em profunda depressão, resolve achar uma saída: se comunicar através de um fantoche. Afirmando se tratar de uma nova terapia sugerida por seu médico, Walter Black consegue criar forças e retomar sua vida através de “Beaver’. Mas o que parece ser uma alternativa pra uma vida sem conserto acaba virando uma dupla personalidade. Black se vê dependente do bichinho, pois sem ele voltava a ser o mesmo velho deprimido de antes. Motivado pelo esforço da esposa (Jodie Foster) de ajudá-lo, Walter decide “tirar” o fantoche da sua vida, literalmente.

Bem, Um Novo Despertar já confunde desde o trailer. A narração (a mesma usada no início do filme) dá a idéia de que se trata de algo divertido, mas pelo contrário, o longa se desenvolve de maneira séria. Apresenta a surpreendente atuação de Mel Gibson, o qual interpreta perfeitamente Walter Black e o seu fantoche, preso numa loucura serena, quase que inocente. O filme o prende na situação de cada um dos personagens: Walter Black, pai de família e diretor de uma empresa de brinquedos quase falida; Meredith (Jodie Foster), uma designer? de montanhas russas e esposa dedicada que procura manter a estrutura de sua família; Porter (Anton Yelchin), filho inteligente e rebelde que se envolve com a misteriosa Norah (Jennifer Lawrence); e finalmente Henry (Riley Thomas Stewart), um adorável garotinho de cachinhos claros que sofre bullying na sua escola pela sua timidez.
Como boa parte dos dramas “The Beaver” é um filme o qual apresenta um final parcialmente feliz, apresentando suas conseqüências. Muito bem articulado por Jodie Foster e fruto de um bom elenco, Um Novo Despertar merece a sua atenção, corra e veja o desenrolar dessa trama.

Nota: 7,5 bilhetes

9 de outubro de 2011

Especial | Halloween

Outubro! Doçuras ou travessuras, festas a fantasia, e é claro que nós d'A Bilheteria não poderíamos deixar de fazer um especial em partes com os melhores filmes de terror para aproveitarmos bem o mês em que "o véu que separa os mortos e os vivos está mais sensível" (li/vi isso em algum lugar, juro!).
Para começar bem, vamos falar daqueles que marcaram a infância dos nossos pais e que, mesmo não tendo assistido, todo mundo conhece. Preparamos uma lista com os melhores filmes de terror das décadas de 60 e 70!

Psicose (Psycho) - 1960: dono de uma das cenas mais famosas

de toda a história do cinema (Marion sendo esfaqueada durante o banho, com AQUELA trilha sonora), o filme faturou 50 milhões de dólares no mundo inteiro e é um dos maiores sucessos do gênio do terror, Alfred Hitchcock.
O filme é um clássico e não pode faltar em nenhuma lista de filmes de terror que se preze. Embora tenha sido feito um remake em 1998, e ele conte com três sequências, nada supera o grito de Marion na cena original, que demorou sete dias para ser gravada (agora, pasme, o sangue naquela cena era calda de chocolate, e o som das facadas era de um melão sendo mutilado, pobre melão).






/

O bebê de Rosemary (Rosemary's Baby) - 1968: de outro cineasta cultuado, Roman Polanski, o filme mostra a história de Rosemary que, de acordo com a vontade dos novos vizinhos, engravida e vai dar a luz ao filho do demônio. Terror? Parece, bastante, mas, o filme, embora clássico obrigatório, não contém nenhuma cena realmente aterrorizante, mas, pelo contrário: vence pelo suspense estruturado durante o roteiro bem elaborado de Polanski, pela atuação da Mia Farrow e pela direção.









/
A noite dos Mortos-Vivos (The Night of the Living Dead) - 1968: o terceiro nome que representa a década de 60 é George Romero, e nenhum filme mais expressivo que este para explicar a sua importância: ele foi o primeiro do diretor (que, ao que tudo indica, gosta de zumbis, visto que dirigiu A Ilha dos Mortos, Diário dos Mortos, Terra dos Mortos, Dia dos Mortos, Despertar dos Mortos e por aí vai) e causou polêmica na época pelas cenas explícitas de violência e sangue. Embora não tenha sido o primeiro filme de zumbis, é o que, sem dúvida, impulsionou a produção com a ideia do apocalipse, degradação da humanidade etc etc etc.










O Exorcista (The Exorcist) - 1973: Como não

citar o pesadelo de muitas pessoas até hoje? O filme que mostrou a possessão da Regan é o mais emblemático no que diz respeito a cenas que marcaram as pessoas. A cabeça girando, a descida fenomenal da escada, a... masturbação (?) com o crucifixo... Tudo isso em 1974! O diretor, William Friedkin teve dificuldade para achar uma menininha que pudesse interpretar a personagem (e a Linda Blair nunca mais conseguiu destaque na vida depois disso, a não ser se drogando e aparecendo pel... é isso aí gente).
O filme foi o primeiro do gênero terror a ser indicado ao Oscar de melhor filme, além de ter ganhado a estatueta de melhor roteiro adaptado e melhor som, tendo sido um dos mais lucrativos até hoje (cerca de R$ 402.000.000,00. É!). Da mesma forma que os outros, embora tenha várias sequências e variações, nenhuma das cópias supera o trauma que o original já causou em todo mundo.




O Massacre da Serra Elétrica (The Texas Chain Saw Massacre) - 1974: precursor do terror ultrarrealista que nós vemos nos filmes de terror-sem-história-nenhuma-de-hoje, O Massacre da Serra Elétrica é um dos filmes mais chocantes da época no que diz respeito a crueldade. O assassino é um cara que possui o rosto deformado e por isso usa a pele das suas vítimas para criar máscaras, daí seu apelido carinhoso, Leatherface. Até mesmo a divulgação do filme era revolucionária para a época: o trailer consistia em uma tela negra com apenas o som da serra e os gritos de uma mulher. Como proceder? Claro, o filme foi um sucesso. Tobe Hooper, também um nome famoso no gênero até hoje (também produziu The Funhouse e Poltergeist, que veremos na próxima lista) conseguiu criar filmes com roteiros que são copiados e servem de inspiração até hoje.




Ainda essa semana continuaremos com a nossa lista dos melhores filmes de terror da década de 70! A Bilheteria agradece!

Curta Metragem | Eu não quero voltar sozinho

Começando um novo quadro no "A Bilheteria", os Curtas Metragens são formatos menores de gravações, muito usado por animadores. No Brasil, os Curtas recebem mais audiência nos festivais do gênero, como é o caso do Festival de Curitiba. O "Curta 8".

O filme de hoje é sobre uma série de preconceitos. "Eu não quero voltar sozinho" é um momento de reflexão criado pelo diretor Daniel Ribeiro. A história de Leonardo, um garoto cego que é levado toda manhã para casa pela amiga Giovana. Tudo começa a se complicar quando Gabriel aparece, abalando a relação dos amigos.

O Desenrolar da história foge dos clichês esperados, adquirindo um tom surpreendente a cada nova cena. A forma profissional com que o curta é levado, surpreende, além da forte divulgação que recebeu. Pelos temas polêmicos tratados no curta, ele foi alvo de algumas críticas preconceituosas, até censura aconteceu no estado do Acre, em um projeto educativo, por lideres religiosos. (Mais informações: http://www.lacunafilmes.com.br/sozinho/censura.html)

Vale a pena assistir os 17 minutos do filme, que tem mais qualidade que muitos produtos comerciais que poluem a televisão e as salas de cinema do Brasil.

Ficha Técnica
Eu não quero voltar sozinho: http://www.youtube.com/watch?v=1Wav5KjBHbI
Roteiro e Direção: Daniel Ribeiro
Elenco: Guilherme Lobo, Tess Amorim e Fabio Audi

8 de outubro de 2011

Lista | Animações DC/Marvel

Em um arremedo de nostalgia, esta semana retirei do canto escuro e empoeirado, onde jaziam no silêncio do esquecimento, alguns velhos gibis. A sensação de tê-los em mãos novamente é indescritível. Eu, como muitos de vocês, cresci junto com aqueles heróis. Portanto, em nome dos bons tempos e tendo em vista o dia das crianças nesta quarta-feira, a indicação de filmes deste fim de semana trata de super-heróis.
O cenário atual, com os eminentes lançamentos dos Vingadores, da nova franquia do Homem Aranha, do novo filme da franquia do Batman, entre outros, é propício para esse assunto. Mas, como um bom idiota, nado contra a corrente. Ao invés de indicar para vocês filmes como os recentes “Capitão América” e “Thor”, ou como o grande “The Dark Knight”, trago-lhes hoje, animações que abrangem o tema e não recebem o merecido destaque.

Batman: Under the Red HoodSério, o Batman tem tantas animações, que daria pra fazer uns dois desses posts só pra ele. Under the Red Hood começa com uma cena perturbadora do Coringa torturando Jason Todd – o segundo Robin – com um pé-de-cabra em um armazém abandonado. A trama principal trata do aparecimento de um novo justiceiro, que toma para si o poder dos chefes do crime, deixando para trás um rastro de sangue. Como em quase toda boa produção do Morcegão, a insanidade está presente o tempo todo, e conflitos morais regem o espetáculo. Vale, muito, a pena.



Superman/Batman: Public Enemies – Os Estados Unidos estão mergulhados em uma terrível crise econômica e Lex Luthor é eleito presidente, para tirar o país da lama. Imagina a cagada! Conseguindo recuperar a economia dos EUA, Luthor alcança uma incrível popularidade e apoio do povo. Entretanto, um enorme meteoro de kriptonita entra em rota de colisão com a Terra. Com aquela prepotência com a qual estamos acostumados, Luthor decide resolver o problema sozinho e aproveita a situação para jogar o povo, e alguns heróis que conseguiu aliciar, contra o Homem de Aço. A trama é boa, as lutas bem feitas, mas o que vale mesmo é ver o companheirismo entre Super Homem e Batman.





Superman/Batman: Apocalypse – Uma nave cai em Gothan e dela sai uma moça, linda, loira, totalmente confusa e forte pra caralho. Super Homem descobre que ela é Kara, sua prima. Então, cabe aos nossos heróis apresenta-la ao mundo. É divertido ver as discussões entre Super Homem, Batman e Mulher Maravilha que Kara causa. Em certo ponto, Darkseid percebe nela uma potencial aliada, e a leva para Apokolips, sob lavagem cerebral. O filme já vale só pelas lutas dos kriptonianos contra Darkseid, mas trás, além disso, sacadas geniais e pancadaria pra cacete.







Thor - Tales of Asgard – O poderoso deus nórdico ainda é um adolescente, não possui o poderoso mjolnir - o martelo - e vive em segurança, cercado de louvor, dentro dos muros de Asgard. Seu meio-irmão, Loki, começando a demonstrar os dons que mais tarde lhe concederiam a alcunha de Deus da Trapaça, o bajulava, assim como boa parte da sociedade asgardiana. Assim, Thor crescia arrogante e prepotente, certo de um poder que não tinha, até que lady Sif o enfrenta, dizendo-lhe que tudo isso é uma farsa e humilhando-o em batalha. Com o ego ferido, o jovem deus loiro, acompanhado pelo relutante meio-irmão, se esconde no barco dos 3 guerreiros Hogun, Fandral e Volstagg para acompanha-los em uma aventura que realmente possa lhe desafiar.





Hulk vs. – São duas histórias, estrelando o grandalhão verde em batalha contra dois grandes heróis Marvel, Thor e Wolverine. No primeiro, vs.Thor, Loki leva Bruce Banner para seu esconderijo, onde separa homem e criatura, mata Banner e usa o Hulk como um fantoche para tomar Asgard e derrotar Thor em batalha. Isso até perder o controle do monstro, que, sem ter Banner para controla-lo, começa destruir, insanamente, a morada dos deuses.
Já, Hulk vs.Wolverine retrata o primeiro encontro entre os dois. Logan, na ocasião como agente do governo canadense, é chamado para caçar uma criatura verde que estava deixando um rastro de destruição pelo caminho. É admirável como o baixinho do Wolverine encara o Hulk, quando finalmente o encontra. Prova irrefutável de que o mais selvagem dos X-Men tem colhões de aço. Depois de um bom tempo de sangue e pancadaria, surge o grupo Arma X (o mesmo que transformou em adamantium o esqueleto do Wolverine) e se descobre que eles é que estavam por trás da destruição toda. O filme formidável e o mercenário falastrão, mais doido do que um saco de doninhas, Deadpool, dá um espetáculo à parte.

6 de outubro de 2011

Crítica | Cubo


Entre quatro paredes
Patrick Inada

Quando eu era pequeno e era obrigado a assistir filmes de terror com a minha mãe, para não ter que ficar sozinho no meu quarto, a cena de um trailer me traumatizou pra sempre: um homem em uma sala, sendo cortado em vários pedaços. Muitos anos se passaram entre esse dia e o vício que eu passei a ter pelo gênero, até resolver descobrir que filme era esse.
Pois bem, "Cube", de 1997, é o segundo filme dirigido pelo canadense Vincenzo Natali, (que, aliás, só alcançou algum sucesso com esse filme e "Splice", uma ficção sobre a mistura de DNA humano com animal) e, embora tenha sido produzido com baixo orçamento, passou a ser considerado um thriller cult, por conta de suas conexões com a obra de Franz Kafka (todo o pesadelo surrealista etc.).
O enredo do filme consiste em um grupo de pessoas que acorda dentro de salas, sem alimento, nem água, e precisa descobrir como sair de lá. Até aí, ok, mas o que complica é que cada sala possui seis aberturas para outras salas semelhantes, e assim sucessivamente, sendo que algumas delas possuem armadilhas letais. Para que eles consigam fugir, eles precisam trabalhar em equipe.


No entanto, o que poderia ser um terror vazio se torna atraente por um conjunto de detalhes: o objetivo do "experimento", ou mesmo quem o fez não é explicado durante o filme (nem durante as duas continuações, Hypercube e Cube-Zero). A real intenção do que acontece está nos diálogos dos personagens estereotipados - o ladrão, a médica, o policial e por aí vai - como a questão do "porquê lutar tanto para sair de lá e voltar para um mundo pior", ou mesmo a iniciativa de liderança e os efeitos que a situação de pressão vai provocando em cada um deles, levando alguns a agirem de forma insana, expondo o caráter "herói" e "vilão" de cada um.
Claro que, além das frases que levam o expectador à reflexão, também consta, na medida adequada, uma quantidade de armadilhas para os fãs do bom terror. Tanto a "mesh trap" (que me causou o trauma), como a "sushi trap" (minha preferida, diverdissíma) e todas as outras que colaboram para o clima tenso presente em todo o decorrer do filme.
Como a maioria dos filmes, suas sequências perdem o objetivo central do original, e acabam se tornando filmes ruins incompletos. No caso do segundo, Hypercube, há um conflito de universos paralelos que deixa a história ridícula. Cube-Zero explica parcialmente os acontecimentos que originaram o primeiro filme, mas nada que esclareça o objetivo da "operação". "Cube", embora já tenha quase 15 anos, aborda a psicologia humana de uma forma atual, e é um longa digno de atenção. :)

Nota: 9 bilhetes

Patrick Inada

Crítica | O vento será sua Herança

O blog "A Bilheteria" conta a partir dessa semana, com análises sobre os filmes que passam no projeto "Tela Alternativa", capitaneado pelo Professor Antônio João Teixeira. O Projeto de cinema traz ao público filmes clássicos, poucos difundidos e especiais, como recentemente aconteceu a exibição de filmes de Alfred Hitchcock.


“Give me old time religion, it’s good enough for me” (De me a antiga religião, ela é boa o bastante para mim) esse apenas é um trecho da música de entrada do filme “O vento será sua herança” de Stanley Kramer. Não quero fazer desse refrão um hino de louvor, mas esse refrão encaixa muito bem com a história do filme. A obra relata um acontecimento na cidade no Estado do Tennesse – USA e 1925, onde o profes­sor de biologia, Betram Cates (Dick York) foi preso em sua cidade por ensinar aos alunos a Teoria Evolucionista de Darwin, o que era proibido na época pelo Estado. A trama, porém destaca mais o julgamento de Betram, do que sua vida como professor. Isso por que dois dos maiores advogados dos Estados Unidos estariam no caso, Henry Drummond (Spencer Tracy) que defendia o professor Betram Cates da acusação e era a favor dos direitos civis nos Estados Unidos. E do lado da acusação estava o pastor Matthew Harrison Brady (Fredric March) candidato presidência dos Estados Unidos e um dos teólogos mais influentes de sua época.

“O vento será sua herança” me leva a uma associação com “Doze homens e uma sentença” de Sidney Lumet, isso por que a maior parte de “O vento será sua herança” se passa em um tri­bunal, e o filme destaca muito as formas argumentativas e o discurso dos personagens. O que mais difere “O vento será sua herança” de “Doze homens e uma sentença” e a as cenas externas e as populares passeatas livrando o espectador de apenas conseguir ler sobre um único cenário, o tribunal. No entanto a obra não apenas engatilha um debate sobre a existência hu­mana, mas sobre os direitos civis básicos dos seres humanos inclusive o direito a liberdade de ex­pressão.


Apesar do final pouco trágico, pois o professor Betram foi considerado culpado pelo júri e teve a decisão do juiz e de entregar de pagar uma multa de 100 dólares. A obra, no entanto segue fiel­mente a história analisando as cenas do tribunal, onde o advogado de defesa Henry Drum­mond pede para o advogado de acusação Matthew Brady para ser questionado em um teste­munho no tribunal para o júri. O mais dramático do filme de Stanley Kramer foi a morte do pastor Matthew no tribunal após tentar um último discurso para reverter a sentença do juiz.

Fica claro também com esse filme como o fanatismo religioso penetra em diversos sistemas sociais e criando códigos da vida pública que interferem na vida particular dos cidadãos. Porém “O vento será sua herança” é mais do que um filme sobre tribunal.Isso pelo fato de haver comentado sobre Sidney Lumet em “Doze homens e uma sen­tença” que justifica essa atração de cinema com os tribunais, pelo caso de que algo simples como uma decisão equivocada ou um júri fanático pode afetar as diferenças do outro, que merece tanta liberdade de escolha quanto a que nos queremos. Por isso as leis parecem apenas confortam as estranhezas humanas e não sendo mais uma norma social mas uma ‘quase lei’ que desacredita na capacidade de liberdade humana.
Gildo Antonio
*Esse foi o título das manchetes dos noticiários sobre o julgamento do professor de biologia John Thomas Scooper, acusado por ensinar a Teoria Darwinista aos alunos e o que deu origem ao filme.
Gildo Antônio

5 de outubro de 2011

Imagem e distorção: Anos 90 e 2000 - American Pie - A Primeira vez é inesquecível


A o fim dos anos 90. Comedias adolescentes, comedias românticas e muito pop punk, pop rock e adivinhem pop, por isso resolvi começar com esse post a resgatar as OST de alguns filmes da época. Nesse contexto vamos analisar a trilha de um dos principais filmes do gênero e que deu inicio a uma serie que perdura até hoje.
American Pie A Primeira Vez é Inesquecível traz aquele clima de escola, curtição e romance (sim romance, por mais incrível que pareça). Isso se reflete em sua OST, onde musicas com temas mais voltados para a vida colegial como romances adolescentes, crises de identidade e festas e curtição são frequentemente encontrados.
A OST traz grandes nomes do pop punk como Blink 182 e Goldfinger, além de Tonic e Sugar Ray pelo pop rock e a interprete Bic Runga que conta com duas musicas no álbum. A grande surpresa da OST fica pela banda de Ska Loose Nuts e o grupo de jazz/ jump blues/ rock’n’roll The Atomic Fireballs.
Explorando gêneros que estavam em alta na época de lançamento do filme, a OST é meio previsível, contando com muitas musicas de sucesso no ano anterior e no ano de lançamento do filme. Mesmo assim a OST vale a conferida pelos sucessos presentes e pela nostalgia que a mesma traz.
  1. "New Girl" - Third Eye Blind
  2. "You Wanted More" - Tonic
  3. "Mutt" - Blink 182
  4. "Glory" - Sugar Ray
  5. "Superdown" - Super TransAtlantic
  6. "Find Your Way Back Home" - Dishwalla
  7. "Good Morning Baby" - Bic Runga
  8. "Stranger by the Day" - Shades Apart
  9. "Summertime" - Bachelor Number One
  10. "Vintage Queen" - Goldfinger
  11. "Sway" - Bic Runga
  12. "Wishen" - Loose Nuts
  13. "Man with the Hex" - The Atomic Fireballs