15 de outubro de 2011

Crítica | Giordano Bruno

“Assim nasce o Homus novus” essa foi a frase do filósofo Giordano Bruno em sua defesa contra a Inquisição Romana no séc. XVII. O filme homônimo de Giuliano Montaldo, relata a volta do filósofo Giordano Bruno a Veneza depois de suas passagens pelas universidades européias. Giordano foi levado ao tribunal da Inquisição Romana, pelo seus inimigos de Veneza. A história e baseada nos últimos dias de Giordano, antes da sua condenação a fogueira. O tema central da história está intercalado entre a liberdade de pensamento e o sofrimento. 
Giordano foi radical em suas teorias por levar os altos escalões do vaticano a uma divisão entre sua punição, pois havia cardeais a favor de apenas de uma punição simbólica para Giordano, como havia cardeais a favor de mandar Giordano à fogueira. “Giordano Bruno” e o tipo de filme que podemos indicar para uma linguagem cinematográfica interessante, pois com a filmografia de Vittorio Storaro, as cenas parecem que dançam com os diálogos e a interpretação dos atores. Isso por Vittorio se aproveitar de muitas cenas em “Travelling” e tira a câmera de pontos fixos, para deixar o filme com maior ritmo e velocidade. 
A interpretação de Gian Maria Volonté como Giordano Bruno não conseguiu alcançar os patamares do biografado. Mas isso é muito comum em filmes cinebiográficos, onde a uma marca criada, pelos personagens dificulta o trabalho da interpretação. Então percebemos que a discussão do filme está intermediada pela liberdade civil e o fanatismo. A análise dessa obra me lembra ao filme apresentado na semana passado, “O Vento será sua herança”, isso porque o filme também abre a discussão para sobre os direitos individuais do ser humano. 
No entanto os dois filmes debatem dentro de um tribunal, porém em “O vento será sua herança” acontece em um tribunal moderno e com testemunhas e a história têm um tom mais humorístico. “Giordano Bruno” aparece sobre o tribunal da Inquisição Romana e em uma época que nem o papa o defenderia. Giordano Bruno morreu em 17 de fevereiro de 1600, mas ele nunca havia contribuído com novas propostas para a astronomia ou ciência, Giordano sempre se sentiu, mas a vontade em estudar a raiz humana. A importância da história de Giordano Bruno é de mostrar a decadência da visão classicista e medieval, para o inicio da vida renascentista próxima a Era moderna, que pretendia se preocupar com o ser humano. “Giordano Bruno” como todo o filme cinebiográfico serve tanto para uma obra de reflexão moral como uma história que marca um momento da história humana e a vida dos erros da nossa sociedade.
Gildo Antonio

Nenhum comentário: