29 de maio de 2012

Crítica | A Mentira



Quando alguém estiver conversando com você e olhar para a direita ao contar algo, afirmam especialistas que essa pessoa está mentindo. Mas afinal, todos mentem, isso não é verdade (e clichê)? Sim, é verdade, somente a verdade e nada mais que a verdade. E é sobre a verdade que o filme “A Mentira” (The Easy A, 2010) trata.

A ilustre e ruiva Emma Stone (Histórias Cruzadas –EUA/2012) represente uma garota comum de classe média norte americana de uma escola grande, poucas pessoas a conhecem, menos ainda falam com/sobre ela. O legal, é que através da voz de Olive Penderghast(Emma) em OFF, que vai narrando e direcionando a história, ela satiriza e ironiza o clichê que a própria personagem é.

Claro, que toda heroína tem sua super melhor amiga que a completa, esse papel fica com a ex-vilã dos seriados da Disney, Alyson Michalka no papel de Rhiannon Abernathy, a “peituda”. E a mentira começa justo por causa da personalidade e insistência de Rhianno. A “abençoada” quer que Olive passe o final de semana acampando com Rhianno e seus pais nudistas, Olive, com toda sua simpatia não consegue simplesmente negar e inventa um “encontro com um cara da universidade do meu irmão”.

A minha adorada Olive (sim, me apaixonei pela personagem beijos) passa o final de semana fazendo o que toda garota (inconscientemente) quer: NADA. Procrastinação pura. Voltando do final do semana, a super amiga “encurrala” Olive no banheiro e pergunta do “encontro”. Olive fala que o cara era legal e foi tudo normal, até que Rhiannon cria a ideia que a amiga perdeu a virgindade com o “cara da universidade”, obviamente, tinha alguém escutando, e é claro que era a crente mais perfeita e amada por CHESSUS, Marianne Bryant (Amanda Bynes), que espalha para a escola toda que Olive é uma “vadia”, e ela levanta a bandeira de #VadiaPride tão bem!

Olive começa a receber atenção, coisa que nunca teve antes, a história se desenrola,  para ajudar várias pessoas ela começa a aumentar a mentira, chega num ponto de que quase todos fazem parte da mentira, mas fingem que ela é verdade. Incrível, não?

Pois bem, o filme é bom, dirigido por Will Gluck(Amizade Colorida – USA/2011), comédia inteligente por parte da Emma e seu sarcasmo peculiar, mas leve pelo resto do filme. O roteiro de Bert V. Royal é bem escrito, a melhor parte é que tem como base ou pelo menos cita bastante o livro “A Letra Escarlate”, que fala de uma mulher julgada adúltera em tempos passados que fora obrigada a usar uma letra “A” vermelha bordada nas roupas e Olive assume a ideia desse livro exposto pelo amado professor de Literatura, Sr. Griffith vivido por Thomas Haden Church (Compramos um Zoológico- USA/2011).

Sério, eu GOSTEI desse filme, tem tiradas boas, críticas leves mas certeiras, atuações incríveis, personagens bem construídos, trilha sonora perfeita para a película e um final certo, não surpreendente, mas válido. Agora entendo a amor das pessoas pela Emma Stone, devemos realmente ficar (mais) de olho nela.

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