28 de junho de 2013

Crítica | All Superheroes must DIE

Mas oe, uma semana que ninguém posta nada aqui: final de semestre. Entreguei meu TCC essa semana, e tal, ENFIM, oi. Hoje eu não vou falar de terror (!) Mas é um filme que eu curti MUITO e preciso compartilhar a emoção galera. Seguinte, Todo super-herói deve morrer? 

A proposta do filme me agradou muito: um grupo de pessoas em um local desconhecido precisando realizar tarefas pra salvar a própria pele. Jogos Mortais? NÃO! Eles são super-heróis que precisam lutar contra super-vilões pra salvar os habitantes locais, que estão presos em bombas por toda a cidade. 

A direção e produção do filme é BEM bacana, (e os diretores são os produtores e os protagonistas do filme também. Seria isso falta de renda?) lembram do clipe "you belong with me", da Taylor Swift? O diretor é o jovem loirinho que atua no clipe, Lucas Till. Ele tem 22 aninhos e dirigiu alguns curtas, participou de X-Men, fez uma série de coisas famosas e não deixou a desejar em All Superheroes Must Die. 

A produção é independente, foi premiada pela After Dark Festival de Toronto, e traz um nome de peeeeeso, James Remar (Dexter, Sex and The City, X-Men, milhões de séries e filmes). Ele interpreta o ótimo vilão RickyShaw, que resolve se vingar dos heróis que o colocaram na cadeia armando esse jogo com várias atividades para eles. Funciona como uma ficção/ação de tensão psicológica bem f*da. 

Cenários e roupas então: IMPECÁVEIS. os uniformes dos heróis e a cidade abandonada muito bem feitos. Os quatro protagonistas (Change, Cutthrot, Shadow e Wall) mostram o lado humano dos heróis. E mostram que esse lado não é muito cativante. Bem interessante saber o que pessoas "de honra" fazem sob pressão para salvar quem devem ou quem precisam. 


21 de junho de 2013

Crítica l Western


Desertos  e violência

O Grande Roubo - 1903
Entre as areias, pólvora e sangue, os filmes do gênero western sempre foram de aspecto violento. Foi uma fórmula criada pelo cinema estadunidense nos início do séc XX e dura até hoje. O boom desse modelo de filmes se destacou pela sua facilidade na veiculação dentro das redes de televisão.

Mas para melhor exemplificar sobre um gênero que inovou as história e também estagnou a indústria, vamos começar pelos primórdios do cinema. O primeiro filme que se tem que registrado como western foi "O Grande Roubo" em 1903 de Edwin Porter, um ex-assistente de Thomas Alva Edison e também um professor de edição de filmes e sobre cinema para D. W Griffith. Neste primeiro filme já com os métodos de edição e com o close up, o chápeu, as botas e a arma começam a fazer parte daquela  visão heroico dos norte-americanos conquistando o oeste.
Em 1930 com o cinema sonoro começa suas atividades, temos o boom ou a 'era de ouro' do gênero Western com a exportação dos filmes até os anos de 1970. No entanto as obras que se destacaram por um grande tempo foi do diretor John Ford, como "O homem que matou o facínora" de 1962, "No tempos da diligências" de 1939.
John Ford
O cinema western tinha o objetivo de contar a história dos Estados Unidos, a partir da conquista do Oeste. O objetivo era mostrar sobre o período que compreendeu entre os anos de 1860 até 1880. No entanto a figura do cowboy foi construída pelos soldados do Sul dos Estados Unidos durante a Guerra Civil. Nesse aspectos temos uma figura heroica que foi formada pelo enorme genocídio ocorrido com os índios do Oeste dos Estados Unidos, mas o cowboy resistiu apenas como figura histórica no imaginário até pelo seu próprio fim antes mesmo da invenção do cinema.

Apesar de alguns abusos e absurdos o cinema western representava muito bem esse período conturbado da história dos Estados Unidos, pois realmente era uma região violenta, até a briga por mulheres era algo comum segundo os livros de história. No entanto esse modelo padrão de história caiu em desuso antes mesmo do fim da era de ouro do western. Até o próprio John Ford já havia realizado obras com um toque mais sentimental. O western porém não se restringiu aos Estados Unidos, na Europa e até mesmo no Brasil foi realizado obras com essa mesma perspectivas mas com seus toques regionais.
Lima Barreto

No Brasil com a o início das atividades da Vera Cruz a primeira tentativa de uma industrialização do cinema nacional, tivemos nossa primeira obra premiadas internacionalmente. Foi com "O cangaceiro" de 1955 e com a direção de Lima Barreto, tivemos nosso primeiro modelo de western. No entanto o gênero não vingou com a Vera Cruz, até porque Lima Barreto morreu sem nenhum lucro com o filme. Na Europa podemos definir que Sergio Leone que teve esse mesmo papel de nacionalizar um movimento estrangeiro. Mas na realidade foi uma tentativa diferente pois ele deixou suas obras com caráter original, usando de atores estadunidense e a falas em inglês.

Sergio Leone
Um destaque para o western após esse fase dos anos de 1970 e de 1980, foi para Clint Eastwood que após ser ator dos filmes de Sergio Leone, também tornou-se diretor de alguns filmes entre eles "Os Imperdoáveis" de 1990 e "Coração de Caçador" de 1989. O western sempre teve uma relação cíclica com o espectador pois ressurgiu novamente em grandes produções. Entre eles alguns blockbuster do século XXI como "Django Livre" (2013) de Quentin Tarantino e também "Bravura Indômita" (2011) um filme dos irmãos Coen. Apesar de cada vez mais esse gênero ter uma violência expostas de forma nua e crua, atenta-se para a produção que cada vez mais prima por um rigor estético. Apesar de não ser mais os anos de ouro do western, lembramos que ele também foi importante para a formação de outros movimentos cinematográficos. A discussão sobre um cinema western de vanguarda ainda não se concretizou mas que suas obras valem a pena, isso realmente é verdade.

19 de junho de 2013

Cinema Alternativo | The ABC's of Death

Essas antologias de terror estão abalando, não é mesmo? Entrei nessa vibe e resolvi pegar vários pra assistir. Na realidade só alguns, mas como cada um tem vários, vi vários mesmo (ééé). ENTÃO. 

Diretores de quinze países receberam a seguinte proposta: uma letra do alfabeto e cinco mil dólares para produzir algo relacionado ao terror entre 3 e 5 minutos. Assim foi a criação do ABC's of Death. Claro, não seria possível que os 26 curtas fossem bons, mas alguns foram realmente criativos. Como eu não tenho empenho pra 26 mini críticas, destacarei os altos e baixos (abrindo o Google pra lembrar da sequência de filmes).

Ah, antes de mais nada, ele é "alternativo" porque lida com muitos diretores independentes no cenário do cinema de terror por todo o mundo. O mais conhecidinho é o Adam Wingard (que fez A Horrible Way to Die, V/H/S [crítica nossa aqui] e V/H/S/2 - crítica que vem por aí assim que eu arrumar ânimo pra ver o filme).

ABC's of Death tem de tudo: 

B is for BIGFOOT: sim, tem um pé-grande no filme - mais conhecido como Abominável Homem das Neves. O filme é de um diretor da Espanha, Adrian Garcia Bogliano, só de curtas, até hoje. O impressionante é que foi um dos mais simples e me deu medo, sabia? ÉÉ! O primo de uma little child quer dar uns pegas na namorada, mas tem que cuidar da little child, aí eles contam uma história pra ela, sobre o Bigfoot, que toca o sino na frente da casa das pessoas por volta das 8 da noite e leva crianças que não estiverem dormindo. Pois bem, oito da noite o sino toca - era o lixeiro, que inventaram pra criança não sair da cama. NÃO É QUE O LIXEIRO MATA O PRIMO e deixa a criança porque ela finge que tá dormindo? Arrasou. 

F is for FART: o filme é japonês - tem vários curtas japoneses - e o nome já diz tudo (fart = peido). Uma aluna apaixonada pela professora deseja morrer inalando o gás traseiro dela. Pois é, cada um com sua mania, né? Eu chorei de rir nesse. Ridículo. 

G is for Gravity: bobo, o cara vai surfar e morre afogado. O ponto positivo? É feito em POV (point of view, acho criativo isso, bem bacana, olhar "através" dos olhos da pessoa, só dá um pouco de dor de cabeça). 

H is for Hydro-Electric Diffusion: uma gata stripper (animal, mesmo) nazista tenta matar um cachorro da União Soviética. É uma "animação", bem feita até!

K is for Klutz: é um desenho (mesmo) de um cocô (!) que quer voltar pro lugar de onde saiu da mulher. Engraçado, ri horrores. 

M is for Miscarriage: (aborto espontâneo) é do norte americano, que colaborou com Cabin Fever 2 e com V/H/S também, Ti West. Sem dúvida o mais minimalista e tenso de todos. Uma mulher levanta da privada e não consegue "empurrar" o que saiu pela descarga. Aí ela vai atrás de um desentupidor e, quando acha, finalmente é revelado o que tem na privada: um feto. Assustador. 

X is for XXL: (tamanho GG de roupa, sabe?) CRIATIVÍSSIMO, mostra a obrigatoriedade dos estereótipos físicos sobre uma pessoa "feia". O filme é do francês Xavier Gens e mostra uma mulher acima do peso andando pela cidade e sofrendo horrores de bullying. Ao mesmo tempo, propagandas e cartazes por todos os lados mostram uma modelo esbanjando beleza; a mulher chega então em casa e começa a cortar todas as partes do seu corpo para poder alterar a silhueta. 

Como dito, alguns valem a pena, outros, só pra rir mesmo. AH, esqueci de mencionar, T is for Toilet tem uma privada assassina e um final que mostra como qualquer bobeira pode nos matar. Interessante, e o diretor é famosinho, Lee Hardclastle, trabalha com claymation (animações de massinha). Taí pra quem gosta de filme de terror. AH! No finalzinho do filme (que é de 2012, esqueci de mencionar), afirmam que em 2014 teremos um novo ABC da morte. Aguardaremos. 





Adaptação l As Vantagens de Ser Invisível

Oien

Imagina que seu melhor amigo se mata. Imagina que você é alguém quieto e recluso. Imagina que algum evento na sua infância marcou seu psicológico para sempre. Imagina que ninguém presta muita atenção em você. Imagina que você é invisível. Quais seriam as vantagens?

Bem, essa "imaginação" é a vida de Charlie (Logan Lerman), um garoto 'invisível' que acabou de entrar para o primeiro ano do Ensino Médio e esta mais deslocado que nunca. O psicológico do menino é abalado, né?

Entre situações familiares e escolares que o deixam mais invisível, Charlie acaba sendo visível aos olhos do seu professor de literatura, que vê no garoto uma mente vívida sedenta por livros e conhecimento. Mas não só de livros que vive o nosso garoto. Ele tinha sede de conhecer a vida.

Nessa cena entra Sam (Emma LINDA Watson - Harry Portter)  e Patrick (Ezra MIller - Precisamos Falar Sobre Kelvin). São meio irmãos meio sãos. Eles são um pouco caricatos. Ela misteriosa e louca por um cafageste que só usa e abusa dela, só faz dodoi no coração dela. Ele, bem, sofre de amor. O cara que ele ama tem vergonha dele e não admite assumir-se homossexual apesar de manterem um relacionamento. SIM, um filme sem clichê gay-bicha louca.

Além dessas novas amizades de Charlie, ele começa a se corresponder com um amigo, que não tem identidade nenhuma, mas que é o desabafo dele. Não vou entrar em descrição de climax porque você tem que ver o filme e por favor, por favorzinho inho inho, leia o livro. O filme é uma adaptação do romance epistolar do norte-americano Stephen Chbosky, lançado em 1999.

Eu li o livro e achei lindo, eu vi o filme e achei lindo. Trilho sonora é compatível, as atuações são sinceras, apesar de que me incomodei com a falta de sotaque britânico da Emma, mas né, é mais sensato.

O filme/livro pode até trazer uma "moral da história" sobre amor juvenil e como ele vence as coisas. Mas quem tem essa visão é por que: 1-nunca amou e 2- dormiu/não prestou atenção no filme.

É muito mais do que 20 centavos, OPA, do que amor juvenil, é sobre que "você aceita o amor que você acredita merecer". E como isso fode com a gente. Com o perdão do termo.

12 de junho de 2013

Adaptação | O Diário de Bridget Jones



Olá lindos e lindas. Não é querendo pagar de apaixonada, nem muito menos de solteira descontente com o dia de hoje que estou postando essa crítica. Na verdade, descobri que era uma adapção e resolvi assistir. Mas o fato é que tem tudo a ver com o DIA DOS NAMORADOS. Assista com seu boy magia, com sua neguinha, com seu cachorro, com suas BFFS, com quem você quiser, mas assista.

A história é um clichê de comédia romântica, mas a gente gosta disso mesmo, não é? “O Diário de Bridget Jones”, baseado no livro de mesmo nome de Helen Fielding, conta a história de uma solteirona com seus 32 anos, fase esta sempre considerada pelos pais e pela sociedade como tardia para seu atual estado civil.Em todos os finais de anos, quando ela volta para a cidade dos pais no interior, é colocada em uma situação constrangedora para conhecer ‘partidos’ indicados pela mãe, sempre frustrados.

Bridget (Renée Zellweger), então, apaixona-se pelo chefe Daniel (Hugh Grant) bonitão e sedutor e o conquista com mudanças de comportamento e visual (esta é aquela parte do filme da mudança geral que as mina piram, pois quem sabe um dia também possam fazer como a protagonista). O diário entra na parte em ela resolve tomar o controle da sua vida. A história se desenrola e Bridget acaba de envolvendo com um dos ‘partidos’, Colin Firth, apresentados pela mãe.

O longa-metragem de 94 minutos, não foge muito à receita para o sucesso do gênero. Viagem da mocinha para a cidade dos pais onde conhece o mocinho, os amigos engraçados, o mal entendido no fim para que seja preciso que um dos envolvidos corra atrás do outro e o casal que se odeia no início e acaba se apaixonando no fim.

Além de ter sido filmado a maior parte das vezes na Inglaterra em épocas mais frias (tem muuuuita neve), a trilha sonora é um capítulo a parte. Músicas como "It's Raining Men “ e "All by Myself" nunca fizeram tanto sentido na minha vida.

É uma boa pedida para relaxar no dia de hoje. E fique que nem eu: apaixonada pelo beijo dos protagonistas, que de tão lindo foi até indicado ao MTV Movie Awards em 2002 na categoria de melhor beijo.

BEIJOS, BEIJOS, BEIJOS.

11 de junho de 2013

Crítica I Boca do Lixo


Oh! Meu querido primo pobre

Filmes produzidos na Boca do Lixo
Demorei mais de dois dias pensando em um título para essa crítica, mas no entanto isso que vocês estão lendo acima foi o melhor que consegui escrever, e espero que atenta as minhas expectativas quanto dos apreciadores desse conteúdo.

Gostaria de dedicar minha crítica não apenas ao movimento, mas a toda uma classe de artistas injustiçados pelos críticos e talvez até pelo seu público. Pretendo apresentar minhas homenagens como também minha raiva, do projeto da maior indústria de filmes nacionais , A Boca do Lixo. Um nome que na minha opinião pouco reflete o movimento, pois se 'reciclado' percebe-se um aprimoramento da estética cinematográfica. Acontece que enquanto os artistas da 'Boca do Lixo' foram profanados por grande parte da crítica, e o movimento formado por grande intelectuais elitistas cada vez mais ganhou apoio financeiro e técnico do governo. O “Cinema Novo” apesar de suas críticas ao regime da época, não fez o mesmo esforço que Walter Hugo Khouri, Carlos Reichenbach, Guilherme de Almeida Prado fizeram com a tentativa da primeira Bollywood brasileira, a rela tentativa de um cinema independente.

A fama do “Cinema Novo” esteve mais associada a um sucesso internacional do que interno. Porém a estética da “Boca do Lixo” apesar da vulgarização da mulher, na maioria dos filmes elas eram protagonistas, como em “Paraíso Proibido” e “Perfume de Gardênia”. Totalmente diferente da visão antropocêntrica estabelecida pelos alicerces do Cinema Novo. Não quero julgar negativamente o movimento do Cinema Novo, porém em muitos aspectos eles se diferenciam de um cinema de vanguarda. Podemos manter até uma ponte entre o Cinema Novo e a Bossa Nova, sendo dois movimentos culturais de estética elitista, sem preocupação com a popularidade e de caráter contemplativo foram das preocupações sociais.

Produções da Boca do Lixo
A Boca do Lixo foi responsável por uma guinada na febre de cinema B. Até porque os filmes da Boca eram produzidos em escala industrial, só nos anos de 1970 e de 1980 ela respondeu por cerca de 80% da produção nacional, sendo que o tempo era curto para as produções da Boca. Enquanto a preocupação do cinema Novo advinha em montar um Nouvelle Vague* no Brasil, os cineastas da Boca foram responsáveis por manter nomes do Cinema Marginal e atores de novela como o ator Paulo Villaça, Tarcísio Meira, David Cardoso. Eles não apenas queriam desenvolver um polo industrial como também um estilo brasileiro. Ao todo montaram aventuras, western, dramas, infantis, comédias, eróticos mas sem o sexo explicito e até mesmo ação. Já no Cinema Novo encontramos gêneros muitos semelhantes aos produzidos na Boca, como “Santo Guerreiro contra o Dragão da Maldade”, que tinha a pretensão de gênero western, mas a preocupação com os conflitos entre o poder um referencial da estética de Glauber levou o filme a um confusão na trama. Com a Boca podemos conhecer as raízes do nosso cinema, assim podemos olhar para produções atuais com predisposição e entender que alguns choques entre gêneros ou estilos e um fator que possivelmente ocorreu dentro de um movimento anterior.

Mas o que aconteceu à Boca do Lixo? Para alguns sumiu na história cinematográfica por ser uma pornochanchada, até parece que nossas raízes estão entrelaçadas apenas ao “Cinema Novo” , pela sua visão patriarcal do cinema brasileiro atual. No entanto a Boca do Lixo não foi nosso pai, mas sim nossas mães , quando ressurgimos nos anos de 1990 com o Novo Cinema brasileiro. Alguns acham que apenas o Plano de Desestatização** foi o protagonista do fim da Boca, mas acredito que ele já havia morrido de desgosto pela crítica negativa advinda da época e a super bajulação dos cineastas do Cinema Novo.

Ótimos títulos dos Filmes
Parece até que as obras de Walter Khouri somente denotam um mero universo pornô, mesmo que seja uma obra forte caráter existencialista ainda assim Reichenbach aparece apenas desmerecendo os valores das mulheres, mesmo com uma obra que explora as sensações das mulheres operárias e não como seres frágeis mas com uma piedade sem tamanho. No fim acredito a Boca do Lixo falhou em seu projeto e por isso acabou por ser sucumbida pelo seu modesto esforço. E no fim tudo o que restou a Boca do Lixo foi voltar as braços das mesmas prostitutas que foram expulsas do Centro de São Paulo e encontraram um lar no Bairro da Luz junto as ruas Triunfo e Augusta.

OBS: Quem quiser pode consultar os episódios do documentário "Boca do Lixo: a Bollywood Tropical", do Canal Brasil.

* Nouvelle Vague – Movimento cinematográfico francês


** Plano de Desetatização – Plano de governo para a privatização de indústrias no período do Presidente Fernando Collor de Melo

9 de junho de 2013

Crítica | The Great Gatsby

Não teve crítico que não comparasse The Great Gatsby à Moulin Rouge e Romeu + Juliet, filmes também dirigidos pelo excêntrico Baz Luhrmann. Não se pode negar, Great Gatsy é um espetáculo visual e sonoro do início ao fim. Contudo, esse exagero acaba diminuindo a narrativa tão perfeitamente escrita por Scott Fitzgerald. Na época em que o livro foi publicado (1925), as ironias e o cinismo de Fitzgerald recaiam sobre os excessos inconsequentes, as loucuras e o crescimento econômico norte-americano – mais especificamente em grandes centros como Nova York. Essa parte, tão importante para se entender o contexto da obra, não foi muito explorada durante o filme – talvez mais nas primeiras cenas, quando tentava-se construir um cenário para o filme.

Apesar de não ser a primeira adaptação do clássico literário, Great Gatsby é pela primeira vez explorado tão profundamente no lado emocional. Luhrmann pede que seus espectadores se apaixonem incondicionalmente pelo triângulo amoroso, pelo amor fantasioso de Gatsby, e principalmente todo o cenário extravagante, muito bem coordenado com a trilha sonora – que tenta unir a música pop atual com as antigas canções de jazz e blus que rodeavam os bares dos anos 20 – possuídora de intérpretes como Lana Del Ray, Jay-Z, Beyoncè, Florence e Gotye. Tal qual as festas exuberantes de Gatsby, o filme de Luhrmann convida as pessoas para uma experiência diferenciada, dependendo apenas de você para aproveitá-la.

O que torna o filme mais passional são as atuações de Leornardo Di Caprio e Carey Mulligan. Ambos trazem uma ambiguidade emocional de seus personagens de uma maneira que nem mesmo os leitores de Fitzgerald poderiam sentir. A dualidade do caráter de Gatsby e a falta de decisão de sua amada são despejadas em cada cena entre Di Caprio e Mulligan.

A falta de profundidade na narrativa e a não crítica ao mesmo processo de desenvolvimento exacerbado que vemos atualmente – devido, principalmente, à globalização – fez com que o filme ficasse com um ar apenas deslumbrante, visualmente e sonoramente, faltando um toque mais profundo na literatura de Fitzgerald. Luhrmann deveria ter se lembrado de uma das partes da obra: “Você não pode repetir o passado” e esquecido um pouco de seus outros filmes na construção de Great Gatsby.

7 de junho de 2013

Crítica | Superman: Unbound

O que você espera de um filme de herói que não busca se tornar popular e vender milhões? Antes de mais nada, é entender em quem a equipe pensou e produziu o filme. Superman: Unbound é um exemplo claro dessa ideia. O, talvez eterno, descontentamento com filmes adaptados de quadrinhos  (e nisso entra também as animações) por parte dos fãs mais assíduos da nona arte já começa a aparecer antes do lançamento do novo longa do Homem de Aço, seja pela reptição de clichês da série ou por algumas cenas do trailer, mas para animar e apaziguar os fãs, a DC tinha sua carta na manga e lançou um filme animado do herói mais poderoso do planeta (brinks, nem é).

Parece que, SEMPRE, tem que ser contado como Kripton explodiu e toda aquela coisa. Mas dessa vez, o roteiro consegue colocar a explosão do planeta natal de Kent com contexto, explicando o motivo de tal cena estar ali. Voltar com Kripton, com a relação entre o Sol Amarelo da Terra com o vemelho do planeta de origem do herói, colocar Brainiac e algumas outras particularidades do filme apontam que ele não é direcionado ao leigo. 

Falando em Brainiac, acredito que uma boa adaptação parte da boa escolha do vilão. Sabemos quem é o herói em sua essência e raramente somos surpreendidos pelas suas ações, mas o vilão dá o viés anarquista ao roteiro, fazendo o inesperado e dando o ritmo ao longa. O Coringa no segundo Batman é uma prova disso, tal qual Loki em Vingadores. E Brainiac faz isso muito melhor do que Luthor. Você não entende quem é, o que ele quer e para que ele faz isso, e acaba gostando disso. 

Os desenhos, e a parte estética em geral, mantém os padrões das ultimas produções da DC, seguindo a linha da série Young Justice. A parte sonora peca em alguns momentos de luta, mas em geral não atrapalha o bom desenvolvimento das cenas. 

Superman: Unbound é uma animação para fãs e não tenta ser mais que isso. Se você não conhece bem a história de Clark Kent, ou se você prefere algo mais dinâmico, Luthor e Smalville, é melhor esperar o dia 12 de Julho. 

6 de junho de 2013

Série | New Girl

Término de relacionamentos é sempre algo muito complicado, ainda mais para nós meninas, não? Você só consegue chorar e lembrar do carinha (uma merda). Só o que alivia, é perceber que isso não acontece apenas com a gente, mas sim com todo mundo e que essa não é a primeira nem a última vez que isso vai acontecer.

E eu estou aqui pra te mostrar que existe (assim como uma grande amiga fez comigo) uma esperança além do sofá, do chocolate e dos filmes de romance para que você saia dessa fossa: uma boa série.
Ela demonstra todos esses dramas, que não só as garotas mas também os garotos vivem. E a protagonista do seriado ‘New Girl’, linda-maravilhosa-diva-deusa, é ninguém mais, ninguém menos que Zooey Deschanel.

Ela vive Jess, uma garota que logo no primeiro episódio da série é traída pelo namorado e vai morar em uma república com mais três rapazes: Nick, Schmidt e Winston. Juntos eles dividem problemas de relacionamentos e as dificuldades e alegrias  de uma amizade.

Lembra um pouco de ‘Friends’ com um toque de ‘How I Meet Your Mother’, mas existem (poucos) pontos diferentes, como a personalidade dos personagens e o fato do enredo girar em torno do gênio complicado da protagonista e de seus colegas de casa.


New Girl trabalha com a ideia de sitcom americano, no que diz respeito a efeito de câmera (fixa, com cortes rápidos e de maneira dinâmica). Porém se diferencia quando em partes mais cômicas, não possui aquelas risadas de estúdio características, responsáveis por induzir o telespectador.

A série americana, que estreou no Brasil em 4 de Abril de 2012  no canal Fox, já está em sua segunda temporada e promete vir muito mais por aí. A primeira temporada conta com 24 episódios e a segunda com 25.  

A terceira temporada do sitcom não se sabe ainda se vai sair, alguns dizem que sim e chegam a cogitar a volta do personagem Coach, que esteve presente apenas no primeiro episódio ( precisou se ausentar do sitcom por estar atuando em outro trabalho).

Só nos resta aguardar, mas enquanto isso dá pra você dar umas booooas risadas.
P.S. Cuidado com a música de abertura: VICIA.