13 de setembro de 2011

Crítica | Piratas do Caribe: Navegando em águas misteriosas

Jean Marcel

Mais um piratas do Caribe? Parece que isso é a opinião de todos quando terminam de assistir os filmes da saga. Os pontos e fios soltos, talvez nem todos tão intencionais, dão essa sensação. Sem fugir da regra, Piratas do Caribe 4 ainda sim consegue se destoar do mar de incoerência dos dois filmes anteriores.

Enquanto nos filmes 2 e 3 da saga, a história parece fugir das mãos de Gore Verbinksi (The Ring, The Rango), no 4º filme a coesão de enredo evidencia uma melhora nas mãos de Rob Marshall (Chicago, Memoires of a Geisha). Mesmo como os já citados fios soltos, a trama se desenvolve sem maiores problemas.

O principal destaque é, como sempre, a atuação de Johnny Deep na pele do Capitão Jack Sparrow. No longo ele atinge o ápice de sua transfiguração, deixando cômico até mesmo algumas cenas que tendiam a monotomia. A duvida fica em saber se, no caso de provaveis possíveis continuações, o personagem não irá saturar, ou se ele ainda será capaz de segurar um filme com cenas que ficam entre o orgasmo até o ócio. Resta saber como anda o pique, a vontade e o folego de Deep para essas possíveis continuações. As atuações mais destacáveis, além de Deep, ficaram por conta de Geoffrey Rush (The King's Speech, Munich) como Capitão Barbossa, Sam Claflin (The pillars of the Earth) como o missionário Philip Swift e Kevin Mcnally como o fiel escudeiro de Sparrow, Joshamee Gibs. A participação de Keith Richards, novamente como pai de Sparrow, apesar de timida, trouxe um aspecto interessante para o continuar do filme, tanto pelo “ator”, quanto pelo personagem.
Não só pela atuação, mas Penelope Cruz fez os fãs da sagas sentirem um pouco de saudades de Keira Knigthley. Nem de longe o personagem interpretado pela espanhola tem o mesmo carisma que Elizabeth Swann. A quimica, tão esperada entre Penelope e Deep, parece não acontecer de forma que parecesse algo a mais no filme, como Keira conseguiu, salvando até certo ponto os filmes anteriores, tanto com Deep, como com Orlando Bloom.
Para quem ainda não assistiu, não espere um clássico do cinema, apenas um longa para perder um tempo. O filme consegue satisfazer por um tempo, mas deixa os fãs de cinema mais intrigados em saber como será o "futuro" da saga.

Nota: 6,5 Bilhetes


Jean Marcel

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