27 de novembro de 2011

Crítica | Um dia de Cão


As experimentações de Sidney Lumet estão claras nesse filme, uma delas é a influência do teatro que deixou a obra com essa característica de planos gerais. As tomadas de cena são feitas amplamente pois o objetivo e que o filme se consolide a partir de um cenário. Esse experimentação de linguagem televisiva e teatral nasce com seu primeiro filme e também como primeiro sucesso “Doze homens e uma sentença”, filme que lança Sidney Lumet no cenário dos grandes diretores e roteiristas estadunidense. O que me deixa ansioso e descobrir sobre a matriz cinematográfica de Lumet e modo como surgiu essa experimentação ou até convergência de linguagens cinematográficas.

O que aconteceu e que a partir da década de 1960 nos Estados Unidos ocorre o declínio das redes de filmes e dos autores independentes como Stanley Kubrick, John Cassavetes, e a convergência para a indústria cinematográfica de Hollywood. Sidney Lumet, no entanto parte na construção de uma linguagem cinematográfica própria, uma forma de resistência dos filmes de autor e é claro fugindo os modismo do cinema de Hollywood.

 Essa construção de uma linguagem dos filmes de Sidney Lumet constrói-se em dois momentos: no espaço geográfico isso fica claro, pois parte da obra de Lumet e produzida em Nova York, ao outro momento e o realismo dos filmes de Lumet, talvez pelo roteiro de “Um dia de cão” que se inspirou em uma tentativa de assalto a banco, no entanto em suas obras de ficção parte da cinematografia inspirada no real.“Um dia de cão” para quem não sabe foi vitima da fúria de John Wojtowicz, o assaltante da reportagem da qual Lumet havia se inspirado, ele mandou uma carta ao New York Times, relatando que o filme teve apenas “30% de verdade”, John criticou também a morte de Sal ,e da mulher que ele estava separado porém no caso Sonny o personagem inspirado em John convivia com a mulher e seu amante Leon, o que descordava Wojtowicz. Wojtowicz nesse mesmo artigo elogio a interpretação de Al Pacino e John Cazale. A obra é uma boa referência para quem procura construir boas histórias a partir do que encontramos no cotidiano, o importante para Lumet e que a história seja parte o fora do comum. Acima de tudo o que temos que entender que a vida como as obras de Lumet, parte tanto da poesia e arte do dia a dia como da realidade absurda que forma esse sufoco em meio ao turbilhão das rotinas da cidade grande. Gildo Antonio


“Attica, Attica, Attica” tomo minhas as palavras de Sonny Wortzik personagem de Al Pacino em “Um dia de cão” um filme de Sidney Lumet. "Attica" e a referência de um massacre feito pela polícia em uma invasão mal sucedida a um banco. Em"Um dia de cão" Sonny grita a multidão sobre "Attica" com o intenção de conseguir com aquele público aprove suas atitudes. A história de “Um dia de cão” passa sobre o sufoco do caldeirão de Nova York. Sonny junto com seu amigo Sal (John Cazale) e um primo dele (Gary Springer), que desiste de acompanhá-los no assalto, invadem uma agência bancária do bairro do Brooklin em Nova York. O problema é que a tentativa de assalto porém acaba dando errado e quanto Sonny e Sal estão prendendo os funcionários da agência no cofre durante a invasão, e são surpreendidos pela polícia que havia cercado a agência e faz contato com Sonny por uma linha direta da barbearia que se encontra em frente a agência. A busca de Sonny por dinheiro não é referente ao sonho de vida estadunidense, mas para pagar a operação de troca de sexo para o seu parceiro, Leon (Cris Sarandon).

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