
Por que RAIOS "Paraísos Artificiais"? Bem, esse é o nome de um livro do Baudelaire, que remete ao universo temporário ao qual as drogas podem levar a galera. Mas aqui o cenário é outro. A música eletrônica, os locais frequentados pelos jovens da high society envolvidos com as novas dorgas manolo, enfim, o universo de uma outra classe que até então não havia sido trabalhado de maneira tão cuidadosa como nesse filme.
Logo após a saída da cadeia de um dos protagonistas, Nando (Pablo Padilla), entramos em uma sequência anacrônica de flashbacks que montam a história (como se fosse um quebra-cabeças mesmo, demorei um tempinho pra me localizar). Temos então três espaços e três tempos diferentes: o momento presente, no Rio de Janeiro, o "dois anos antes", em Amsterdã (UUUI, eles foram para a Holanda, risos) e o "quaaaaatro anos antes" em uma Rave cheia de gente bunyta, gente descolada e gente moderrrrna, em Pernambuco.

Acho que facilitaria explicar o que se passa pela música. A batida eletrônica da DJ Érika (Nathalia Dill) conduz o que se passa nesses três locais. Érika conheceu Nando na balada (ai, clichê, ok) em Amsterdã e os dois se tornaram um casal feliz, só que não. Na realidade, Érika conheceu Nando na rave descolada em Pernambuco. E, digamos que eles se conheceram BEM. E depois de mais dois anos que eles se conheceram pela segunda vez (Drew Barrymore feelings)... ADIVINHA? É.
Agora, O DESTAQUE MOR: a câmera mostrando as viagens dos protagonistas. As sensações extra-sensoriais, o som, novamente presente, o efeito que o diretor de fotografia utiliza para fazer com que você também se sinta drogado é INS-TI-GAN-TE. Quase resolvi entrar pra esse mundo quando saí do cinema. Aí lembrei que não posso. :(

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